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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

JANET DICKINSON

 

 

Reside em San Martín de los Andes, província de Neuquén, Argentina. Escribe por recreación. Entre sus prêmios más destacados están el galardón del Poeta de Mérito de la Asociación Internacional de Poetas de Estados Unidos, 1º prémio em literatura juvenil e infantil, entre otros.

 

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

LETRAS DE BABEL 3 Antología multilíngüe.  Montevideo: aBrace editora, 2007.   200 p.  ISBN 978-9974-8014-6-2   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

La muñeca

Desarraigada y muda
me contempla la muñeca
ojos vacíos
sin íris ni pupila
boca cerrada
en súplica sin ruído
vestido roto
pelo descolorido
me recuerda esa niña
alegre y intangible
que corría por los pasillos
cuando la muñeca
estaba viva.


 

 Yo me pregunto

¿Hubieras huído de mí
si no te hubiera apresado?

             ¿Hubieras cantado conmigo
si no te hubiera tapado la boca?

¿Me hubieras amado enlouquecidamente
si no te hubiera puesto las cadenas?

¿Hubieras volado como un pájaro
entre la hierba?

Desde la tumba contéstame
que estoy muriendo.

 

 

 

       Yo soy

 

Soy pólvora y brasas
desnuda ante el clima

Soy hielo ly soy tímpano
soy ausencia y olvido

Calma y furor
dolor en el ombligo

Ansia y desesperación
desato el ruído ambíguo
de un destino

Soy la avispa
que zumba en el oído

Soy coqueta
voy y vengo

       Tiemblo de coraje
ante el papel
indefinido
descolorido

Todo desvanece
soy futuro y abismo.

 

 


 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda

 

 

 

 A boneca

Desenraizada e muda
me contempla a boneca
olhos vazios
se íris nem pupila
boca fechada
em súplica sem ruído
vestido rasgado
cabelo descolorido
lembra-me essa menina
alegre e intangível
que corria pelos corredores
quando a boneca
ainda estava viva.

 




Eu me pergunto

Teria fugido de mim
se não tivesse te prendido?

Terias cantado comigo
se eu não tivesse tapado tua boca?

Terias me amado loucamente
se não tivesse te encadeado?

Terias voado como um pássaro
pela pastagem?

Desde o túmulo responde-me
por que estou morrendo?

 

 

 

Eu sou

Sou pólvora e brasa
desnuda neste clima

Sou gelo e sou icebergue
sou ausência e olvido

Calma e furor
dor no umbigo

Ânsia e desespero
desato o nó ambíguo
de um destino

Sou a vespa
que soa no ouvido

Sou sapeca
vou e volto

Tremo de coragem
diante do papel
indefinido
descolorido

Tudo se desvanece
sou futuro e abismo.

 

 

 

 

 

Página publicada em agosto de 2020



        

 

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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