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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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HECTOR PEDRO BLOMBERG

Nascido na Argentina em 1S90, é um artista origi¬nal. Seus motivos não se confundem com os de nenhum outro poeta. E sabe transmitir a êles a nota viva de sua personalidade, como ocorre com vários de seus poemas: «A feiticeira», «As casas onde vivemos» e «Versos a Maria Kempelfeldt».

 

TEXTO EM ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

                MARINERO

- ¿De dónde vienes marinero?

- Del mar, del mar...

De los remotos horizontes

y de la azul inmensidad.

 

- ¿Dónde estuviste marinero?

- Lejos, muy lejos... Más allá

de las riberas y de los soles

de las espumas y del mar.

 

- ¿A quién amaste marinero?

- A cien mujeres, capitán:

a las mulatas de La Habana

a las bayaderas de Bombay

amé las geishas de Tokio

a mi voz suplicante respondía el silencio,

y una princesa en el Ceylán,

labios ardientes me besaron

en cada puerto, en cada mar;

las cien mujeres que me amaron

ya me olvidaron, capitán...

 

- ¿A dónde partes marinero?

- Al mar, al mar...

Hasta que un día me amortajen

y ya no vuelva nunca más;

sobre mi sueño las mareas

rodarán, cantarán...

 

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

JOIAS DA POESIA HISPANO AMERICANAOrg.  ORICO, Osvaldo.  Lisboa: Livraria           Bertrand, 1945.  229 p.   12 X 19 cm.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

MARINHEIRO

 

—      De onde é que vens, marinheiro?

—      Venho de longe, do mar...
Dos remotos horizontes

em que andei a navegar.

 

—      E onde andaste, marinheiro?

—      Longe, longe, para além
das ribeiras e dos sóis,
das espumas e do mar.

 

-—Muito amaste, marinheiro?

—      Cem mulheres, Capitão.
Amei mulatas de Havana,
baiadeiras em Bombaim.

 

Amei as gueixas de Tóquio,
negras Evas em Dacar.
Loiras inglesas do Tamisa,
e uma princesa em Ceilão.
Lábios quentes me beijaram
em cada porto, em cada mar.
As cem mulheres que me amaram
já me esqueceram, Capitão.

 

—      E aonde vais, marinheiro?

—      Ao mar, ao mar...

Até que um dia me amortalhem
e já não volte nunca mais...
Sobre meu sonho as maresias
hão-de rolar e hão-de cantar.

 

 

 

 

Página publicada em agosto de 2019

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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