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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

FERNANDA CASTELL

 

Nasceu em Coronel Dorrego, Argentina, em 1965.

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL  -  TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

PAÍS IMAGINÁRIO. ESCRITURAS Y TRANSTEXTOS – POESIA EN AMÉRICA LATINA 1960-1979.  Selección y notas: Mario Arteca, Benito del Pliego, Maurizio Medo. Edición Maurizio Medo.  Madrid: Bolombolo, 2014.  631 p. (Colección Once)   ISBN 978-84-1614902-5  Inclui apenas dois poetas brasileiros: Virna Teixeira e Delmo Montenegro.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

 

[Se você ainda não leu a primeira parte deste Editorial — Editorial n.  47:

 

PAÍS IMAGINÁRIO – POESIA DA AMERICA LATINA 1960-1979 – (I)  UMA VISÃO E DEMONSTRAÇÃO DOS RUMOS DE NOSSA POESIA, aqui está o link:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/editorial/pais_imaginario_I.html

 

 

 

 

        HIKIKOMORI

 

    1.    Noche/ descentro
      Semblante urge furioso:
      corré.

      Miedo— no entres. Si por confusión
      Pasás la puerta— seguro, te cremaré con los
      restos de comida,
      los libros leídos y aquellos apenas pensados

      y seguro que el mar está tremendo
      Panza gris acero que engulliste mis huesos
      Y regurgistaste mis restos—
      Aqui estoy.

 

  1.      En el dominio— oscuro
    Es el dominio oscuro
    Es el dominio

    Aquello donde puedo poner un punto
    Y respirar segura. En el dominio
    No um jardín ni un castillo
    Es el cuarto oscuro y fresco
    Donde vivo

 

 

       4.    ¿Cuál es la montaña que una vez trepada

Otorga la carta soberana?
O son penhascos. Molestias del andar en el       
mismo recorrido

En esta tierra. tierra mínima
llena de ácaros y amebas
Ponerse de pie es un verdadero salto evolutivo.

 

      
5.    
Tiene lo que necessita.
Agua.  Yerba. Letras
Sonidos.


 

7.    Y la lagunita es un charco azul
Y el mar un riacho reseco
Y la hamaca grande una mecedora embrujada
Y los baldes, cucharas
Y los tronquitos palos cavadores
Y las mayúsculas arpones


 

8.     No es sencillo
Volver a hablar
después de la infância

 

 

9.    Trazos
Punto arqueo y forma
Un círculo de carbonilla
Sobre la pared morada


 

10.  Me deshago
Mala cocción
De arcilla en horno de barro
Temperatura mediocre
Templamos así el espíritu.


11
.  Solución media
Punto medio
Recto camino
Por el medio
Enredada.

 

 

12.  No tengo
Nada que
Decir
Pero no puedo dejar de intentarlo


 

13.  una amplitude desértica
Alice Spring
Trozos de canción
Lajas.  Sol.  Austeridad plena
Qué hondo se puede llegar en el silencio.



14.  Los instantes son casas
Que circulan habitadas
Con voces de abuelos
Que recien llegaron
Y nietos. Los hijos
Ocupados en conseguir
Lo necesario al instante.


15.  el tiempo pesa
tengo un mutante híbrido
entre los hemisferios

sostener la criatura.
elefante sosteniendo al mundo (en el mejor de los casos)

o el mundo por lamparitas chinas
es tener cuidado ojo que se rompen
y los del sur caen para flotar
y no degradarse nunca jamás en los confines
del universo       



16.  Necesita como el agua
Un lecho para drenar, un teclado para producir
La aspereza del viento revolviendo algas
—es ver. Ver.

 

 

17.  Salgo al aire
Me lleno de aire
Vesícula de aire floto en agua pesada
Camino por la ruta de aire
Llego al lunar más a trasmano
Llego
Lejos por el aire

 

 

      

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

 

 

       HIKIKOMORI

      

    1. Noite /   descentro
      Semblante urge furioso:
      — corre.

      Medo  — não entre Se por engano
      Passas a porta — te assombrarei
      E te cremarei — seguro, te cremarei com restos de
      comida,
      os livros lidos e aqueles apenas imaginados
 

e seguro que o mar está tremendo
Pança cinza aço que engoliste meus ossos
E regurgitaste meus restos —
Aqui estou.

 


3. No dominio— escuro
É o domínio escuro
É o domínio

Aquilo onde posso por um ponto
E respirar segura. No dominio
Não um jardim nem um castelo
É o quarto escuro e fresco
Onde eu vivo

 

 

4. Qual é a montanha que uma vez alcançada
Outorga a carta soberana?
Ou são penhascos. Aborrece andar no mesmo
percurso

Nesta terra, terra mínima
cheia de ácaros e amebas
Ficar de pé é um verdadeiro salto evolutivo.

 

 

5.  Tem o que necessita.
Água. Erva. Letras
Sons.

 
E o silêncio entre todas essas coisas.

 

 

7.    E a lagoinha é uma poça azul
E o mar um riacho ressecado
E a rede grande uma cadeira de balanço

                                                 mal-assombrada
E os baldes, colheres
E os tronquinhos paus cavadores
E os maiúsculos arpões

 

8.  Não é fácil
Voltar a falar
de pois da infância

 

 

9.    Traços
Ponto arqueio e forma
Um círculo de pó de carvão
Sobre a parede roxa


 

10.  Me desfaço
Mau cozimento
De argila em forno de barro
Temperatura medíocre
Moderamos assim o espírito.


11
.  Meia solução
Ponto médio
Reto caminho
Pelo meio
Enredada.


      

12. Não tenho
Nada que
Dizer
Mas não posso deixar de tentar

 

 

13.  uma amplidão desértica
Alice Spring
Fragmentos de canção
Lajes.  Sol.  Austeridade plena
Que fundo se pode chegar no silêncio.


14.  Os instantes são casas
Que circulam habitadas
Com voces dos avós
Que acabam de chegar
E os nietos. Os filhos
Tentando conseguir
O necessário para o momento.


15.  O tempo pesa
tenho um mutante híbrido
entre os hemisferios

sustentar la criança.
elefante sostentando o mundo (no melhor
dos casos)

ou o mundo pelas lamparinas chinesas
é ter cuidado olho que se rompem
e os do sul caem para flutuar
e não degradar-se nunca jamais nos confins
do universo  


16.  Necessita como a água
Um leito para drenar, um teclado para produzir
A aspereza do vento revolvendo algas
—é ver. Ver.

 

 

17.  Saio ao ar
Me encho de ar
Vesícula de ar flotuo em água pesada
Caminho pela rota de ar
Chego ao luar fora de caminho
Llego
Lejos por el aire

 

 

 

 

 

Página publicada em julho de 2020

 


 

 

 
 
 
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