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DESENHANDO A PALAVRA

 

por CHISATO USUI

Tradução de Constança Hertz

 

 

Extraído de

 

POESIA SEMPRE. Revista semestral de poesia. Ano 10.  Número 17. ]Dezembro 2002. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional do Livro, 2002.  260 p. ilus. col. Editor geral Marco Lucchesi.  ISSN 0104-0626   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

   Caligrafia significa muito mais do que ocupar a superfície do papel. Mesmo na linha mais simples, o calígrafo precisa imprimir sua alma, sua respiração. A escrita caligráfica é feita em um papel branco, com um jato apropriado de tinta, ou uma palavra ou frase em um carácter japonês e precisa incluir, em cada traço, tudo o que for orgânico. A caligrafia precisa deixar transparente gestos vitais do escritor. Nesse sentido, a arte caligráfica pode condensar o cosmos em si mesma.

   Quando falo em caligrafia, me refiro à caligrafia japonesa, Sho, já que se pode entender caligrafia de modos diversos. É importante lembrar a história da caligrafia, pois desde que os caracteres chineses foram levados para o Japão há mais de mil anos, a caligrafia, de um modo singular, se tornou uma cultura importante. A beleza em preto-e- branco, com os movimentos delicados do pincel, é uma arte recente.

   A caligrafia pôde transformar-se em arte moderna a partir do contato da cultura japonesa com a arte ocidental, mas a caligrafia japonesa é filosoficamente diferente de outras caligrafias, como a árabe, por exemplo. A caligrafia japonesa está ligada a um budismo que tem sua origem na índia - embora tenha chegado ao Japão através da China -, à filosofia chinesa e ao Shinto, uma filosofia própria do Japão.

   Não me parece simples precisar os limites entre poesia e caligrafia, mas a arte caligráfica se estrutura em várias dimensões. O calígrafo deve incluir, em cada traço, a sua leitura do poema, com Sumi e um delicado pincel. Talvez os limites entre poesia e caligrafia estejam no gesto caligráfico, que deve expressar movimentos vitais do poeta. E não há apenas uma caligrafia tradicional, há uma arte caligráfica contemporânea que revela um Japão moderno. Temos, inclusive, uma nova vertente na caligrafia que se chama Kindaishi, em que a caligrafia é usada na poesia moderna japonesa, que inclui haicais e waka, e apresenta um novo estilo, criado com caracteres chineses e os japoneses hiragana, katakana e também com o alfabeto latino.

   A expressão do silêncio. Esta é a parte mais importante da caligrafia e da arte japonesa em geral. A expressão do silêncio é o que completa a obra. Como já disse, escrever significa muito mais do que ocupar a superfície do papel.

   O universo em que vivemos e meu mundo interno — em minha arte caligráfica, eu gostaria de incluir uma infinidade de cosmos...


 

 

 
 
 
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