MEMÓRIA NACIONAL NO CARTÃO POSTAL  
                    AGORA EM BIBLIOTECA DIGITAL 
                    
                  A imensa coleção de  cartões-postais de Antonio Miranda, professor emérito da Universidade de  Brasília, começou a ser digitalizada para sua exposição permanente no site do  Instituto Brasileiro de Informação em Ciência da Informação – IBICT, com acesso  na web pela Rede Nacional de Pesquisa.  
                  A ideia original começou na  Biblioteca Nacional de Brasília, em projeto de constituição de parte da  biblioteca digital da instituição, cujo projeto não foi aprovado no quadro  atual de dificuldades financeiras que o país atravessa. Ricardo Rodrigues,  doutor em Ciência da Informação com tese justamente sobre a questão da  fotografia no processo de preservação digital, comanda agora uma equipe de  técnicos que inclui estudantes universitários da Universidade de Brasília como  bolsistas no processo de digitalização dos cartões postais, na primeira etapa  do projeto, que compreende 20.000 peças escolhidas, representativas da época da  construção de Brasília no final da década de 50 do século passado e outras preciosidades:  as conquistas de Santos Dumont em Paris — em uma das peças com a Princesa  Isabel, ao receber o Prêmio Deutsch (4 de novembro de 1901) —; fotografias do  precursor Augusto Severo e seus dirigíveis; personagens do Império Brasileiro e  da Primeira República; poetas e poemas do Romantismo e do Parnasianismo, alguns  autografados; obras e imagens da Avenida Central no Rio de Janeiro; construção  e inauguração de Belo Horizonte e Goiânia; aviação brasileira e da aeronáutica  nacional; navios, portos e farói; imagens antigas de cidades brasileiras de São  Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Pará, Bahia  e de outras regiões; fotografias de indígenas da  Amazônia e de ex-escravos,  do grande  Marc Ferrez; exposições nacionais famosas do início do século passado; pintura  brasileira; carnaval de momentos memoráveis; radio e cinema do passado e  imagens de seus artistas mais notáveis; folclore e artesanato regional, etc,  etc.  
                          Neste  momento (novembro de 2017) está sendo concluída a primeira etapa da seleção e escaneamento  do material cartofílico, que deverá ser seguida por um novo mutirão para a  descrição e definição das palavras-chave dos conteúdos dos cartões postais, com  o apoio de bibliotecários, de historiadores e especialistas para sua difusão na  biblioteca digital do IBICT, com um aplicativo profissional específico a ser  comprado e instalado.  
                          Cabe ressaltar que está prevista a instalação de um  dispositivo interativo para que os visitantes ao banco de dados fotográficos  possam também identificar detalhes das imagens para o posterior registro de  metadados. Por exemplo, inscrevendo nomes de personagens que aparecem nas  imagens dos cartões postais, fatos relacionados com as fotos, datas e episódios  significativos que expandam e enriqueçam o repositório em termos de informação  e documentação. Material significativo sobre a nossa história e cultura que  poderão ser usados para ilustrar trabalhos escolares, livros de especialistas e  reportagens de todo tipo. Considerando a possibilidade de ampliar o acervo em  outras etapas tanto nas peças da coleção de Antonio Miranda, como de outros  colecionadores e instituição voltadas para a memória nacional. 
                  
                    
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                  ANEXO: imagem de uma reportagem sobre o acervo cartofílico  de Antonio Miranda — que está sendo parcialmente digitalizado conforme a  informação mais acima —  publicada  originalmente na revista BRASÍLIA ENCONTRO, Ano II, No. 21, Junho de 2014, p. 32-33.  
                    
                
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