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FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESIA DE MEDELLÍN – CELEBRANDO A PAZ

 

O Festival Internacional de Poesia de Medellín, Colômbia, é o maior evento do gênero no mundo. Sem dúvida. Multitudinário, é o que mais atrai poetas e maior público às leituras de poesia.

Em sua décima oitava edição, em 2008, anunciou 74 poetas com poemas em 28 línguas. Mesmo considerando que nem todos particfiparam, é digno de figurar no Guiness, principalmente pela capacidade de atrair público. Vale dizer: não é um festival apenas para poetas. As sessões de abertura e clausura acontecem a céu aberto, nas arquibancadas do Cerro Nutibara, lotada de jovens e adultos, entusiasmados, aplaudindo os convidados. Na abertura do dia 5, nem a chuva removeu o público, que valeu-se de capas e guarda-chuvas para participar das leituras, por mais de duas horas!

Depois, as sessões de leituras aconteceram em distintos locais de Medellín e em cidades da região, sempre com salas lotadas. Daí a conquista meritória do Prêmio Nobel Alternativo 2006.

Além de poetas colombianos e hispano-americanos, participaram representantes dos Estados Unidos da América, da Espanha, da França, da Alemanha, da Suíça, da Holanda, da Suécia, da Noruega; mas também, da África e da Ásia: Egito, África do Sul, Nigéria, Vietnã, Índia, Tailândia, Bielorússia...

Impossível assistir a todos eles! Felizmente, todos eles, incluindo os que não vieram, estão na Revista de Poesia Prometeo (números 81-82 – Memórias; 2008).


Do Brasil estava anunciada a presença de Cláudio Willer, de São Paulo, que não compareceu por problemas pessoais. Eu, Antonio Miranda, participei extra-oficialmente das sessões de leitura, por uma especial concessão dos organizadores do evento; vim à última hora, na condição de observador, com a intenção de viver a experiência com vistas à organização de nossa própria I Bienal Internacional de Poesia.

Nenhum festival de poesia é igual a outro, atende a propostas originais, diferenciadas por motivações, condições e propósitos próprios. O de Medellín privilegia a poesia discursiva, de variados estilos, conformando um fantástico panorama da poesia mundial contemporânea. O público participou fervorosamente com um certo sabor à maneira de Woodstock, a céu aberto na abertura, no tom contestatário de muitos participantes.

A iniciativa e a liderança do poeta Fernando Rendón, da Corporación de Arte y Poesía Prometeo, é reconhecida mundialmente, mas, como sói acontecer, não é uma unanimadade. A Colômbia vive uma guerra cruel há quatro décadas e o Festival é um milagre no contexto nacional, por constituir-se numa alternativa em favor da paz, da solidariedade e do diálogo. Mas também atrai controvérsias, criticas,  invejas e até ataques pessoais. Aconteceu exatamente isso, no jornal El Mundo, que publicou matéria mal intencionada, indagando se o Festival seria simpatizante das ações terroristas em curso no país. Lamentável.

É certo que o público colombiano, vitima de um processo político terrível de extermínios, seqüestros e violência generalizada, seja sensível às idéias e motivações políticas. É certo que reagiu, como previsível, à fala dos poetas que foram vitimas da opressão, que tiveram suas famílias sacrificadas ou padeceram na prisão. É o caso da verdadeira ovação ao poeta espanhol Marcos Ana, que padeceu por 23 anos nas prisões franquistas, assim como foram aplaudidos seus colegas da África  e da Ásia, mas seus textos são de reconhecida qualidade.

Cabe registrar o clima de franca hospitalidade e a calorosa convivência entre poetas nos encontros no Hotel Nutibara, em que estávamos todos hospedados. Diálogos que afirmam ou reafirmam amizades, que estabelecem contatos fraternos, que propiciam novas experiências e opiniões, que abrem perspectivas para novos empreendimentos (traduções, publicações, viagens, participações em eventos futuros) e a comunhão em torno da poesia. Repetimos: o Festival Internacional de Poesia é sui-generis, é um oásis de paz e de celebração da vida, em tempos conturbados. Em vez de ser um reduto da alienação, é uma “tomada de consciência” dos problemas do mundo, que se impõe sobre o dissídio, a intolerância e as atrocidades que lá dividem e denigrem a condição humana, que a poesia pretende redimir. 


Página publicada em julho de 2008

 


 

 

 
 
 
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