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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LYDDA FRANCO FARÍAS

 

Lydda Franco Farías nació en San Luis, Estado Falcón de Venezuela el enero de 1943 y falleció el 2 de agosto de 2004 en Maracaibo. Se residenció en Maracaibo en 1963. Allí vivió hasta su muerte. Se casó con José Zabala. Fue una poeta venezolana. Su obra está marcada por el espíritu de la década de los 60 y su poesía expresa una posición feminista y contestataria. Su fama se acrecentó entre los años 1999 y 2002. Su libro 'Las armas blancas' estuvo extraviado antes de su publicación y fue rescatado por su amigo, el pintor trashumante Emiro Lobo. Recibió el Premio Regional de Poesía en 1995. En septiembre de 2014 el Ministerio del Poder Popular para la Cultura junto a la Red de Escritores de Venezuela, capítulo Zulia, organizó la I Bienal Nacional de Literatura Lydda Franco Fárias.

Obra poética:  Las Armas Blancas (1969); Poemas circunstanciales (1965); Summarius (1985); Recordar a los dormidos (1994); Una (1998); Bolero a media luz (1994); Aracné (2000); Antología poética (2002).
Fuente: wikipedia

 

FRANCO FARIAS, Lydda. Antología poética. Selección y estúdio crítico Pedro Cuartin. Coro, Edo. Falcón, Venezuela: Universidad Nacional Experimental Francisco de Miranda, Dirección de Cultura y el Fondo Editorial del Estado Falcón, 2002.  343 p.  14,5x21 cm.  
ISBN 980-245-014-6  


TEXTOS EM ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS


De UNA (1985)

 

          (fragmento)

 

con esta cara de estropício que me gasto
con esta imbelicidad que atribuyo
a las noches em vela y al cigarro encendido
y al humo que me cubre con hálito de cementerio
con este archivo de recuerdos y falsificaciones
con estos ojos que desde luego se han tragar la tierra

 

y con los que apenas diferencio
una estrella de un semáforo
y con los que sin embargo detecto
el color de tus ojos amor mío
(ese prodigio que me salva a ratos)
con estos modales de alimaña
no sé de lo que soy capaz
pro les advierto excelsas majestades
que a veces me muevo entre alfiles y cuchillos
me comporto como toda una dama

*

 

esa que no es usted
ora virgen obsequiosa
ora hetaira pudica
esa que es usted
se exime de dualidades
pulpa de exterminio
ni doblez
ni espejo que la contenga

 

*

mientras dormia me crecieron alas
al principio ni yo misma lo creí
hice cálculos sobre las ventajas y desventajas
de este suceso inesperado
decidí ensayar um vuelo corto
tropece contra los vidrios de las ventanas
no me dí por vencida
llegué a libélula
fui uno que outro pássaro
ave de rapina
mi ambición no tuvo fronteras
fui escalando jerarquias hasta agotarlas todas
ahora soy uma ángel
y me aburro

 

De A/LEVE (1991)

 

en mi oficio no cuenta
el desafinado silogismo
ni el maullido de los juramentos
cuenta la proporcion de goce o de desprecio
el instante de sometimiento a juicio

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda


 

          De UNA (1985)

 

          (fragmento)

 

          com esta cara de estrupício que ostento
          com esta imbecilidade que atribuo
          às noites acordadas e ao cigarro aceso
          e à fumaça que me cobre com hálito de cemitério
          com este arquivo de lembranças e falsificações
          com estes olhos que logo a terra vai tragar

 
          e com os que apenas distingo
          uma estrela de um semáforo
          e com os que no entanto detecto
          a cor de teus olhos amor meu
          (esse prodígio que à vezes me salva)
          com esses modos de alimária
          não sei do que sou capaz
          mas os advirto excelsas majestades
          que às vezes movo entre bispos do xadrez e navalhas
          me comporto com uma verdadeira dama

          *

 

          essa que não é você
          ora virgem prestativa
          ora hetaira pudica
          essa que você é
          se exime de dualidades
          polpa de extermínio
          nem dobradura
          nem espelho que a contenha

          *
         
          enquanto dormia cresceram-me asas
          no início nem eu mesma acreditei
          fiz cálculos sobre as vantagens e desvantagens
          deste acontecimento inesperado
          decidi ensaiar um voo curto
          tropecei com vidros de janelas
          não me dei por vencida
          cheguei a libélula
          fui um ou outro pássaro
          ave de rapina
          minha ambição não tinha fronteiras
          fui escalando hierarquias até esgotar todas
          agora sou um anjo
          e me chateio

 

               De A/LEVE (1991)

          em meu ofício não conta 
          o desafinado silogismo
          nem o miado dos juramentos
          conta a proporção do gozo ou do desprezo
          o instante de submissão em juízo


        CONTRACULTURA

                                        A Enrique Arenas

                    “permiso para um leve sobresalto”
                                              
Lezama Lima

          se começo mal o dia
         
se começo com o pé errado
         
se tenho que abaixar a cabeça
          se tenho que ceder até ficar desprovida de vaidade
          se nada tenho e esse nada me é tirado
          se a preguiça me leva pela mão ou à luxúria
         
se sou cafona por excelência e irritação
          se tenho que desfazere refazer o que em vida eu fiz
          que não é muito e esse muito não me satisfaz nem                                                                                  a ninguém   
         
se me falta serenidade para enfrentar o desastre em que vivo
          se minhas carências pesar como os meus remorsos
          se por culpa minha outros foram deslocados ou degolados
          ou expostos ao ridículo
          se a brutalidade é o meu forte
          se malversei algum tesouro oculto
          se acumulei barras de loucura ou lucidez
          se sou responsável pelo holocausto da ternura
          se com o meu consentimento ou sem ele cometeram
                                                           algum opróbrio
          se não nasci para rainha de beleza
          se não tenho liquidez bancária nem cartões de crédito
          se não tenho crédito
          se fui surpreendida em flagrante em algo desonesto
          se a poesia é um dom emprestado com um cachecol
          se sou capaz de cometer crimes contra natura
         
se sou a assassina que todos estão buscando
          se sou dogmática cega mal falada e insolente
          se tiro vantagem da desgraça alheia
          se não persuado ninguém a me seguir por rotas e escarpados
          se dei aos meus filhos os piores exemplos
          se dei ao meu companheiro o melhor de mim mesma
          e o melhor é esta necessidade sem limites
          se deixei de confiar nos líderes
          se a dialética apodrece nas cabeças de todos eles
          (na minha também por certo)
          se a unidade é um sofisma
          se do partido provém tertúlia de burocratas e afins
          num espaço para medrar
          no final e no meio
          como substituto da família e da classe
          na instância suprema
          na panaceia universal
          no toque de queda da clarividência
          no túmulo dos dissidentes
          na maconha do povo e não em reduto de insatisfeitos
          se o materialismo histórico é letal tomando em consideração
          que a solidão fragua tormentas
          se a solidão e a teoria do foco reforçada com bocejos
          se a solidariedade é minuciosamente dosificada e gregária
          se levantei falsos testemunhos
          se tenho sido exageradamente injusta
          se me tornei suspeita
          se até aqui me trouxe o rio
          então terei que contradizer o rio
          e seguir aferrada às minhas convicções
          mesmo contrária à minha insignificância
                                        aplaudam ou fuzilem-me



Página publicada em julho de 2015


 

 

 

 
 
 
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