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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

LIBERT AQUARELA DEL SOL PADILLA

 

 

Nace en 1988 (Caracas-Venezuela). Estudió en el conservatorio de música Vicente Emilio  Sojo. Realizó  taller  de  fotografía  en  la Escuela Cristóbal Rojas. En el 2004 quedó seleccionada como ganadora del concurso Monteavila  editores mención  poesía.  Finalista  en  el XIX Concurso Nacional de  poesía  para  liceístas  2004 Casa Nacional  de  las  Letras Andrés Bello. Integrante en el 2005 del Circuito Liceísta de  las Letras. En el 2005 el certamen mayor de  las  letras publica  su poemario  “Acordes  del mañana”. Presente en la antología de poetas liceístas 2006 “Voces jóvenes en la mirada del mañana” editado por Nadie nos Edita editores. Invitada a  la Feria Internacional de La Habana y La Paz. Ha realizado diversos talleres en el área de escritura de guión literario. Participante del Festival Mundial de Poesía, Venezuela 2006.


 

 

Fuente: TRÁNSITO DE FUEGO / TRÂNSITO DE FOGO - Selección de jóvenes poetas latinoamericanos / Selecção de jovens poetas latinoamericanos 1972-1990. Selección y compilación / Seleção e compilação Raquel Molina. Traducción al português / Tradução ao português Gladys Mendía.  Caracas: Casa de las Letras Andrés Bello, 2009.

 

 

TEXTOS EM ESPAÑOL    /     TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

Ir a comerme una manzana con Eva y plantarme indecente, poco refnada,

frente a su cuerpo marino, rondarle su cabellera  líquida y azul, rescatarla

de  ese  viejo  egoísta  que  se  hace  llamar  todopoderoso.  Sentarnos  toda  la tarde a comer manzanas, las más rojas, las más blandas y jugosas manzanas del supuesto pecado; comilonas, acostarnos frente al sol y celebrar la festa rebelde, de seguro Adán andará buscando hojas para taparse  la desnudez, tan cobarde como siempre. Hablar en otro idioma nunca impuesto, quizás como los pájaros, como los peces o culebras, un idioma vegetal como esta tarde. Sacarle la lengua al mundo y reírnos eternamente, danzando como lluvia, empapando todo lo que sabe a fores. Plantarle otro árbol a la noche para que venga  a  recoger  sus  lunas  redondas  como naranjas. Las monjas arrugadas, tediosas, todas despavoridas huyendo de los conventos, gritando el fn del mundo  ¡Eva planta árboles prohibidos con otra mujer desnuda! Adán se tapa los ojos, ¡Qué horror! El Papa seguro morirá de un infarto. No verá la rebelión desnuda y sin costilla de Adán. Eva y yo, descalzas entre las líneas de un libro bien aburrido, decidimos escapar con la mochila cargada de manzanas, para  todas  las Evas que  esperan  ansiosas  el  gran mordisco jugoso de la libertad.

Amén.

 

 

Me detuve a esperarte en los andenes

me puse las medias

abracé la almohada

y aún así no llegabas a mi lado...

 

Maña de inventarme nuevas formas de soledad.

 

 

Llegar a casa

 

Después de tanto recorrido

llegar a casa es un alivio

abrir la puerta

encontrar todo igual

como esperando mi regreso

recoger pasos no dados

transitar descalza

sobre la ausencia

ponerme el pijama guardado

encontrarme triste

abrazar la almohada

saberme triste

A veces llegar a casa

Suele ser un abismo…

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Gladys Mendí

 

LIBERT AQUARELA DEL SOL PADILLA

 

Nasce em 1988 (Caracas-Venezuela). Estudou no conservatório de música Vicente Emilio Sojo. Realizou ofcina de fotografa na Escola Cristóbal Rojas. No 2004 ficou selecionada como ganhadora do concurso Monteavila editores menção poesia. Finalista no XIX Concurso Nacional de poesia para liceístas 2004 Casa Nacional das Letras Andrés Belo. Integrante no 2005 do Circuito Liceista das Letras. No 2005 o certame maior das letras publica seu poemário “Conformes do manhã”. Presente à antologia de poetas liceistas 2006 “Vozes jovens na mirada do manhã” editado por Ninguém Nos Edita editores. Convidada  à Feira  Internacional de Havana  e La Paz. Realizou diversas oficinas no área de escritura de roteiro literário. Participante do Festival Mundial de Poesia, Venezuela 2006.

 

 

Ir comer-me uma maçã com Eva e plantar-me indecente, pouco refnada,

em frente a seu corpo marinho, rondar-le seu cabelo líquido e azul, resgatá-

la desse velho egoísta que se faz chamar todopoderoso. Sentar-nos toda a

tarde a comer maçãs, as mais vermelhas, as mais macias e suculentas maçãs do suposto pecado; comilanças, deitar-nos em frente ao sol e celebrar a festa rebelde, de seguro Adán andará procurando folhas para tampar-se a nudez, tão  covarde  como  sempre. Falar  em outro  idioma nunca  imposto, quiçá como os pássaros,  como os peixes ou  culebras, um  idioma vegetal  como esta tarde. Sacar-lhe a  língua ao mundo e rir-nos eternamente, dançando como chuva, empapando todo o que sabe a fores. Plantar-lhe outra árvore à noite para que vinga a recolher suas luas redondas como laranjas. As freiras arrugadas, tediosas, todas despavoridas fugindo dos conventos, gritando o fm do mundo ¡Eva planta árvores proibidas com outra mulher nua! Adán tampa-se os olhos, ¡Que horror! O Papa seguro morrerá de um infarto. Não verá a rebelião nua e sem costela de Adán. Eva e eu, descalzas entre as linhas de um livro bem aburrido, decidimos escapar com a mochila carregada de maçãs, para todas as Evas que esperam ansiosas o grande mordisco suculento da liberdade.

Amém.

 

 

Detive-me a esperar-te nas plataformas

pus-me as meias

abracei o travesseiro

e mesmo assim não chegavas a meu lado... 

Mania de inventar-me novas formas de solidão.

 

 

Chegar a casa 

 

Após tanto percurso

chegar a casa é um alívio

abrir a porta

encontrar todo igual

como esperando meu regresso

recolher passos não dados

transitar descalça

sobre a ausência

pôr-me o pijama guardado

encontrar-me triste

abraçar o travesseiro

saber-me triste 

Às vezes chegar a casa

Costuma ser um abismo…

 

 

Página publicada em abril de 2009

 


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