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Foto:  https://vambertofreitas.wordpress.com/

 

URBINO DE SAN-PAYO

(1933-2011)


 (Rede – San-Payo, Alto Douro, Portugal, 1933)_
Pseudônimo literário de Urbino Manuel Sampaio Ferreira. Viveu em Londres entre 1968-1970, ano em que imigrou para os Estados Unidos. Doutorando em Metafísicas, publicou seu primeiro livro, Escopro, em 1961.

Seguiram-se Barbaramente Tu (1968), Exorcismos Menores (1973),  Boca Consoante (1975), Exorcismo Maiores (1977), Plural Transitivo , O Cavalo de Tróia (1984) e Os Portugueses na California (1987).

 

 

 

PINTO, EDUARDO BETTENCOURT. Da outra margem.  2ª. edição.  Lisboa: Instituto Camões, 2001.   175 p.  (Coleção Diáspora)  13 x 21 cm.
ISBN  972-566-216-4     Ex. bibl. Antonio Miranda

 



       OPUS I

O verde foge por nós no mês de Agosto.
Sentados numa cerimónia de ninfas na Sicília,
apanhamos um sorriso divina um segredo de terra.
Descanso agora no fundo da alegria, como um cão
de pobre.
Levantas a primavera na cozinha.
Um cacto dorme na memória.
Deus amadurece por nós num fruto de exausta
melancolia.
A casa é a harpa.
A música dos nossos beijos corre num relógio e
horas vaporosas.
Meus dedos anunciam as fibras do teu corpo de mulher.
Entrego ao olfacto das tuas pernas a minha delirante
nudez de cavaleiro andante.
Um animal possesso rouba-nos à rosa.
É tempo de colheira, Silvia Alma. É tempo de
colheita.
. Assim, amor, destruiremos o bicho da maçã.
Com um adão na viola povoada, o pássaro acorda
sob o corpo.
Os lábios, no cântaro, bebem a ternura do nosso
abismo de seara em fogo.
Apanhas a mulher abrindo no silêncio a estranha
flor do corpo.
A casa respira uma consumação de pomos.
A casa reascende uma fome de gestos, um vocabulário
submerso, uma visão de inocência branca.

 

 

 

 

        ELISOIDAL

Passo agora teu mando pelos dias
e uma saudade veste o mundo e caso
mais que ninguém teu lance-se-pedir

 

       Terreno mundo munda os olhos-fala
outro chicote que me fere a luz
É deus de adeus por quem se cala
a mística presença desta cruz

Este poema é a noite sem dormir
a parte do homem que me atura
a mãe que não deixa de pedir
que chegue com metade à minha altura

Quem canta quando a noite não sossega
no homem mais sorrido de loucura
e vem paisagem dividir a dor
até ser multidão esta amargura?

 

 

 

Página publicada em maio de 2020


 

 

 
 
 
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