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                   Foto: http://www.incomunidade.com/ 
                    
                    
                    
                  MARIA TOSCANO 
                    
                   
                        Maria Toscano, natural de Campo Maior  (Alentejo), Doutorada em Sociologia pelo ISCTE e atualmente Professora  Universitária em Coimbra, vem desenvolvendo uma longa e abrangente actividade  no campo das mais diversas áreas: teatro, canto, leituras encenadas, etc.  Aliás, é forte a ligação de Maria Toscano à música, já que começa a estudar  piano e acordeão em 1969 e mais tarde, em 1983, recebe mesmo aulas de canto.  Apesar deste intenso labor, é na escrita que se tem vindo a afirmar, quer como  colonista do semanário virtual "Incomunidade", quer como colaboradora de várias  Antologias de Poesia das quais destaco "O Prisma das Muitas Cores" que tive a  honra de organizar, quer ainda na sua regular publicação poética: Maria Toscano  tem, até ao momento, oito livros de poesia publicados. 
                    
                  
                    
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                  O PRISMA DE MUITAS CORES. Poesia de Amor  portuguesa e brasileira.    Organização  Victor Oliveira Mateus. Prefácio  Antônio  Carlos Cortes.  Capa Julio Cunha.  Fafe: Amarante: Labirinto, 2010  207 p.       Ex. bibl. Antonio Miranda 
                    
                    
                    
                          Poema  em Água Viva (fragmento)  
                    
                    
                  
                    ao  contacto com a tua voz reconheço o timbre de tua boca 
                      (...) 
                      
                    distância estranha rúcula do gesto  
                      (...) 
                      
                    ao contacto da mão com o papel 
                    reabito o húmus da tua boca  
                      cintilante 
                    na quase amarga ternura sobe a veia da nostalgia 
                    e sob este intenso e sisudo verso 
                    já nem me apetece sorrir 
                    não viesse o laço da chama dar a fazer o nó. 
                    (...) 
                      
                    comigo 
                    vem o lume do esplendor asa do pousar 
                    anúncio, em limalha, dessa noite 
                    onde teu verso escorre para a minha boca. 
                    também é de cristal esta asa ardente 
                    gotícula do velho metal bruto já laço de ouro 
                    que o ouro traça ao passar 
                    aqui, onde ninguém 
                    vai decifrar o tempo em que o vulcão deu sinal, tronco situado  
                      farol amado,  
                    comigo 
                    a limalha do ardor saúda vénus que espreita  
                      o pôr da tarde. 
                    num aceno prateado e de chispas rosa 
                    a deusa avoluma-se e elege o posto de onde ama 
                    o limiar que lhe cabe em governo 
                   
                    
                    
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                  http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/portugal/portugal.html  
                    
                    
                    
                  Página  publicada em janeiro de 2021 
                    
                    
                    
                    
                    
                    
                    
                
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