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Fonte: http://porfirio.home.sapo.pt
 

AMADEU TORRES

Amadeu Torres (Castro Gil) nasceu em 1924 e é natural de Viana do Castelo, Costa Verde, Portugal. Professor Catedrático Jubilado da Universidade Católica Portuguesa (Faculdade de Filosofia) e da Universidade do Minho, distinguiu-se como prestigiadíssimo investigador na área da Linguística, contando no seu amplo currículo um variado conjunto de obras. A par da investigação, foi professor de sucessivas gerações de alunos, não só neste domínio como em muitos outros, exercendo a sua docência quer nas referidas instituições, quer também na Faculdade de Teologia.

A obra poética de Amadeu Torres é igualmente vasta e reconhecida.   Dentre seus livros de poemas publicados, citamos:

O meu caminho é este, Coimbra, Livraria Gonçalves, 1948.
O sonho de um castelo, Prémio Nacional (1948), Braga, Ed. Humanitas, 1965.
Em louvor de Viana e outros poemas, Braga, Ed. Humanitas, 1999.
E mais mundo haverá/Ana more world there will be, Viana do Castelo, C.E.R, 2002.
Quando os longes e o perto se esmeraram, Viana do Castelo, C.E.R., 2003.
Entre o focar e o disparar da Olympus, Viana do Castelo, C.E.R., 2004.
Sem as "Madelaines" de Proust, Viana do Castelo, C.E.R., 2005.

 

De
Amadeu Torres
DODECATLO METAPOÉTICO COMENTADO
Prefácio  Carlos Nejar
São Paulo: Escrituras, 2005
(Coleção Ponte Velha)
61 p.  ISBN 85-7531-180-8

[Com os agradecimentos a Floriano Martins e à editora Escrituras]

"E o mundo, hoje, percebe pouco, ou (des)percebe, por míope, as verdadeiras invenções, a não ser quando elas rebentam de um pequeno grupo para a república da realidade poética, onde o mistério é sempre voz irredutível e se impõe. O que se entende na razão se ama no mistério. Aparentemente é noturno, contendo na sua ponta muita luz, como um cometa que puxa a escuridão, em cauda, atrás de si. Poesia eminentemente fonética, que, ao ser lida em voz alta, alarga-se, abre-se ao leitor, entre metáforas insólitas, pudicas e impudicas, O Belo do Eldorado, em que o emprego das alusões nutre a antítese preciosa do "fogo frio" camoneano."  CARLOS NEJAR


"Rilke repreende as pressas. Uma vida rica,
Essa, sim, é que faz da poesia que fica".

 

O MESMO E O OUTRO

Entre o focar vezeiro e o disparar da Olympus
Interjecta-se o autor, o mago, a construção,
Como entre o lapidar e o achar nos garimpes
Ou como entre a mimese e a utopiação.

A consciência teórica hoje em decrescência
Adorno e Horkheimer dizem-nos que aconteceu!
E assim na imitação é que se põe a essência
Das artes como sendo a norma do Liceu.

Ora Aristóteles entende menos raso
Na Retórica e Poética o conceito velho:
Não é a cópia morta que resolve o caso,

Nem algo em que a cultura da natura é espelho,
O memetismo em clone nem gémeos alcançam
As artes entre o mesmo e o outro é que balançam.

                                                           Março de 2004


PROESEMAR FACILIDADES

Métrica, rima, ritmos, a parafernália
Usual, secular caiu de escantilhão
Nalguns, acaso e sorte tentam ritmaçào,
Mas os versos protestam como em represália.

Prosa e verso já calçam a mesma sandália
E aplaudem Mallarmé só por embirraçâo
Co´a diferença e leis de discriminação,
Não obstante as lições da Fonte de Castália.

Mas quem quer lição hoje de outrem, afinal,
Se o raso quer assentar praça em general
E o poetrasto bisonho é Camões em Constância?

Fazem-me rir a crítica e a sua bitola:
Muita vez, não se sabe quem lidera a bola,
Se a amizade, a nesciência, a cor, a petulância.

                                               Agosto de 2003


ANALFAS MORFOSSINTÁCTICOS

Em prosa ou verso quem descura a sã linguagem
Por imperícia, não merece vitupério.
Mas singularidades de teor cimério
São retorno ao condado e à pura cabanagem.

Há certos escritores de hoje a que a linhagem
Da pluma obrigaria a terem mais critério
Para não mixordiar discursos tão a sério
Qual se ao idioma enobrecesse a abastardagem.

Fidalgo de raiz, veio-se engrinaldando
Desde o Lácio; e por isso acho estulto e nefando
Desvesti-lo e recuá-lo ao que era em cronicão.

Pobres dos estudantes face a tais mafomas:
No fim dos curso e das fitas e diplomas,
Retrogaguismo frásico a angariar padrão...

                                               Agosto de 2003

 

Página publicada em janeiro de 2011

 

 

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