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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

CARMEN ALICIA CADILLA 


Nace en Arecibo, Puerto Rico, en 1908; muere en la ciudad de Nueva York en 1994.  Poeta y periodista.  Fue una de las voces más representativas del neorromanticismo de la década de 1930.  Entre sus poemarios se destacan: Canciones en flauta blanca (1931), Litoral del sueño (1937), Ala y ancla (1940), Alfabeto del sueño (1956) y Entre el silencio y Dios (1966). 
 

TEXTOS EM ESPAÑOL  /  TEXTOS EM PORTUGUÊS
 

INDENTIDAD

A veces tengo que pensar muy hondo
para saber que soy yo la que piensa
y no es tuyo mi propio pensamiento.

A veces tengo que mirar muy fijo
para saber que soy yo la que mira
y no tú el que ve el cielo con mis ojos.

A veces tengo que horquillar los dedos
para saber que es realidad la vida,
que de tanto quererte se hace sueño.

A veces, muchas veces, tantas veces,
con tu nombre en los labios, me pregunto
si habrá alguien que se llame de otro modo
y forme parte de mi propio mundo.

BÁLSAMO

 

La tarde se hizo más honda.

Se hizo el silencio más largo.

Se hizo mi sentir más noble

y fuiste en mi pensamiento

como la primera estrella.

Un poema diáfano

que cayó gota a gota

en mi alma.

 

 

ELOCUENCIA

 

Ahora que está el silencio

mirándose al espejo de tus labios,

qué dulce y honda se hace

tu palabra sin cuerpo.

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

IDENTIDADE

 

         Tradução de Solon Borges dos Reis

 

 

Às vezes tenho que pensar bem fundo

para saber que sou eu a que pensa

e não é teu meu próprio pensamento.

 

Às vezes tenho que olhar bem fixo

para saber que sou eu a que olha

e não tu quem o céu vê com meus olhos.

 

Às vezes tenho que espetar os braços

para saber que é realidade a vida,

que de tanto querer-te se fez sonho.

 

Às vezes, muitas vezes, tantas vezes,

com teu nome nos lábios me pergunto

se existe alguém chamado de outro modo

e faça parte de meu próprio mundo.

 

 

 

BÁLSAMO

 

         Tradução de Antonio Miranda

        

 

A tarde se feliz mais profunda.

Se fez o silêncio mais longo.

Se fez meu sentir mais nobre

e foste em meu pensamento

como a primeira estrela.

Um poema diáfano

que caiu gota a gota

em minh´alma.

 

 

ELOQUÊNCIA

 

         Tradução de Antonio Miranda

 

 

Agora que está o silêncio

mirando-se no espelho de teus lábios,

que doce e funda se faz

tua palavra sem corpo.

 

 

 

Página publicada em março de 2008

 

 


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