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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EFRAIN ALTAMIRANO CACERES

 

Efraín Altamirando Cáceres. Nació en Cusco en 1985, es poeta, músico, performer e Ingeniero Civil. Su Poesia ha sido traducida al italiano e inglés, y sus textos figuran en websites de países como Chile y Perú. Además es integrante de la muestra de Poesía de la Fundación Yacana (2007) y participó en la presentación del libro "Al otro lado del Verso" (Elefante Blanco Editores - 2012) y en la antología de la Muestra de poesía última peruana (México 2013) que fue presentada en el IV Festival de poesía de Lima "Vox Horrísona"   (2013) .

Actualmente codirige el "Grupo Parasomia" y en sus ratos libres es orientador musical.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -    TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

ANTOLOGÍA  ENERO EN LA PALABRA – XVIII FESTIVAL DE POESÍA DEL SUR ANDINO 2014.  Cusco, Perú: Dirección Desconcentrada de Cultura Cusco, 2014.       158 p.   15 x 20 cm.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

     ESTACION / CUATRO

 

 

Invierno

 

Neblina distante sentimiento
tercera dimensión de las hojas
descansan cerca en la eternidad
apretón extraño la mirada de niño
desgaste bendecido próximo
desayuno en agujeros con aroma global
causa sin efecto para las hojas que caen / nadie levanta
en la vida no pensé.

(una pausa)

 

Dejar el aliento en una mesa y un vino
abrazarte invierno niño dimensión
te entiendo

es una idea tercera mientras rasguño estas lineas
encerradas / estación
nadie quiere abrigarte niño
pero todos te necesitan y necesitan y...
sabes una cosa...
déjame mudar a tu efecto dimensión tercer astro niño

desnudo
y pedirte perdón.

 

 

 

Otoño

 

Neblina de la mujer que es un anónimo
no pensé que tuviera que escribir ahora esto
tantas veces anhelo regresar al génesis
porque debo encontrar sentido
neblina

unir fragmentos de historias incompletas
hojas no se arrugan
arden poco a poco y la mujer de estas líneas
se arrastra
intenta formar una palabra
ella es el otoño se sostiene de una letra
fragmentos
sabes una cosa
frío.

 

 

 

 

Primavera

 

Hojas miran el cielo exhalan lo último
paciencia demora en llegar
aparece un historia no contaba una letra un poeta
detalles de sentirse cigoto y caer pacientemente
hojas atrapadas por un caza palabras
obligarte a callar a decir todo de un otoño insípido

deprimido

qué sucede cuando el poema no termina de escribirse
degenerar una imagen
desnudar lo profundo
sustentar una tesis no aprobada y fornicar en la poetología
para respirar atmosfera primavera hoja nova
la cadena llega a su fin
empieza

pero sabes una cosa          arde.

 

 

 

 

Verano

 

Hay manchitas en esta parte
muy cerca de donde empieza
alguien debería preguntar si dios tiene ombligo...

(una pausa mayor)

 

Ayer la Morbius se puso grave

se hizo de todo,  ella ha muerto

pido perdón porque no es verano el que esté ahí sin aliento

es ahora en primavera

te odio lo suficiente Morbius para volverme loco porque no

tenías que rendirte

disculpas necesarias...    esto no quería escribirlo

dejar de existir de un bostezo       ya basta

te has rendido para que siga caminando a la intemperie
quiero sumergirme huachafo crecer de nuevo
sabes una cosa

 

nos vemos luego...

 

Escribe.

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda

 

Inverno

Neblina distante sentimento
terceira dimensão das folhas
descansam perto na eternidade
apertão estranho  o olhar da criança
desgaste benzido próximo
café da manhã em furos com aroma global
causa sem efeito para as folhas que caem
/ninguém se levanta
na vida não pensei         

            (uma pausa)

Deixar o alento numa mesa e um vinho
abraçar-te inverno menino dimensão
eu te entendo
ninguém quer abrigar-te menino
mas todos te necessitam e necessitam e—
sabes de uma coisa...
deixa-me mudar ao teu afeto dimensão terceira astro menino
despido
e pedir-te perdão.

 

Outono

Neblina de mulher que é um anônimo
não pensei que tivesse que escrever agora isto
tantas vezes desejo regressar à gênese
porque devo buscar um sentido
neblina
unir fragmentos de histórias incompletas
folhas não enrugam
ardem pouco a pouco e a mulher destas linhas

Se arrastra
tenta formar uma palavra
ela é o outono se sustenta com uma letra
fragmentos
sabes uma coisa
frio.

 

 

 

Primavera

Folhas miram o céu exalar o último
paciência demora em chegar
aparece uma história não contava uma letra um poeta
detalhes de sentir-se zigoto e cair pacientemente
folhas capturadas por um caça palavras
obrigar-te a calar-se a dizer tudo de um outono insípido
deprimido
que acontece quando o poema não termina de escrever-se
degenerar uma imagem
despir o profundo
sustentar uma tese não aprovada e terminar em poetologia
para respirar atmosfera primavera folha nova
a corrente chega ao fim
começa
mas sabes de uma coisa      arde.

 

 

Verão

Tem manchinhas nesta parte
bem perto de onde começa
alguém deveria perguntar se deus tem umbigo
(uma pausa maior)

Ontem a Morbius pôs-se grave
se fez de tudo, ela morreu
peço perdão porque não é verão e que esteja aí sem alento
é hora em primavera
te odeio o suficiente Morbius para ficar louco porque não
tinhas que render-te
desculpas desnecessárias... não queria escrever isto basta!
deixar de existir de um bocejo
te rendeste para que sigas caminhando na intempérie
quero afundar-me cafona criar de novo
sabes de uma coisa

nos veremos depois...

Escreva.

 

 

Página publicada em outubro de 2019


 

 

 
 
 
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