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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Rodulfo Gea | CNL-INBA

 

RICARDO YAÑEZ

 

Nació en Guadalajara, Jalisco, el 3 de abril de 1948. Poeta, ensayista y narrador. Estudió letras en la Universidad de Guadalajara y la UNAM. Ha sido editor de El Ciervo Herido; profesor en la U. de G.; periodista fundador de El Sur, Unomásuno y La Jornada; articulista y miembro de la mesa de redacción de la revista Mira. Creador de una metodología para el desarrollo de seminarios y talleres de creación literaria, que ha aplicado en múltiples ciudades del país. Colaborador de Biblioteca de México, La Gaceta del FCE, La Jornada Semanal, Revista Universidad de México, Sábado, Siempre!, entre otros. Fue jefe de la zona centro de NOTIMEX, jefe de la redacción periodística de Radio Universidad Veracruzana; Ciencia, Cultura y Espectáculos de El Occidental y director del Semanario Paréntesis, estos tres últimos, medios tapatíos. Miembro del SNCA en los periodos 1997-2000 y 2000-2003. IV Premio Punto de Partida 1971 por El Girasol. Premio único de Narrativa en el Segundo Certamen Literario de la Universidad de Guadalajara 1972. Parte de su obra se incluye en antologías nacionales y extranjeras. En 2004, El Aduanero y La Jornada auspiciaron la grabación del disco Quizá en agosto, que reúne sus textos poéticos musicalizados por ocho compositores.

Obra de consulta: Catálogo biobibliográfico de la literatura en México

 

POESIA SEMPRE  - ANO 9 – NÚMERO 15 – NOVEMBRO 2001.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2001.  243 p.  ilus. col.  Editor Geral: Marco Lucchesi.   Ex.bibl. Antonio Miranda

 

 

Estranho ser o coração do dia,

cristal, música, voz que se perdia
e encontrava o diamante, cujo fogo
se abria todo luz, fechado rogo

 

de não cessar jamais, polida entrega,
generosa visão, ainda que cega,
e festa de pureza pressentida
mais que sentida, ciência preferida.

 

De tal claridade e com tal tom siga
meu passo conforme o que eu acredito,
mesmo com esta tosse que fadiga.

 

Não sei o que quer aquilo que fito
qual raiz de pedra abrindo luzente
ao sonho claro, limpo, independente.

 

*

 

 

 

O  nada nada dá e também dá tudo,
e embora no fim desse tudo nada
sobre, o nada dá melhor, sobretudo,
o melhor modo de ser à sua alçada.

 

A sua alçada, por sim ou não, pois
é melhor não se alarmar: morreremos,
as cinzas dispersadas, e depois
— que fogo diamantino? Já veremos.

 

Coisa de desdizer o que se diz
da morte e sua sorte da horrível,
que tudo está em tudo, e invisível.

 

Bom, mas não é tudo o que eu sempre quis
desta existência prestes a escapar:
simplesmente amor — e onde foi parar?

 

 

Trad. Walter Costa

 

 

 

 

Página publicada em julho de 2019


 

 

 
 
 
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