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MARA ROMERO 

Surpreendente, o poema tríptico “Saldo de viento” levou-me a uma tradução natural, linear, ipsis literis, no sentido de que as palavras do castelhano foram sendo vertidas a partir de suas raízes etimológicas, no mesmo ritmo, obedecendo à mesma linhagem semântica.  Marta Romero concebeu-o de forma castiça, de um latim de origem comum às línguas espanhola e portuguesa, sem apelos a neologismos ou regionalismos linguísticos!  Quem duvidar, que compare. Raras vezes deparei-me com semelhante semelhança (e valha a tautologia!!!).

ANTONIO MIRANDA

 

TEXTOS EN ESPAÑOL     -     TEXTOS EM PORTUGUêS

 

ROMERO, MaraPeregrinar de gritos.  México, DF: Tintanueva ediciones, 2007.  63 p.  (Colección Autores del 2000) 

 

SALDO DE VIENTO

 

I

 

Va mi gracia pidiéndole a la muerte

un momento a solas,

telar de tiempo,

niebla

para la frase sin rigor que llora vida.

 

¿Señor, qué hice mal?

Saldo de viento

haces, recrear un reino lejos del cielo;

gusanos llenan mi boca

de palabras mudas;

llego al silencioso valle

donde cuento los muertos

que pasan a mi lado.

 

Teñida de soberbia

intento sitiar agonías

que se ahogan lava de mentiras;

hieren con sus raíces;

salen de mis ojos,

enredan rezos,

náuseas de profetas a destiempo,

agonizo...

 

 

II

 

Cae mi brazo como tronco,

balsa hereje deslizada sin custodia,

sentidos que danzan a la deriva,

envoltura de cuerpo derretido,

enterrada angustia,

fobia que ahora esculpe mi tumba

e interrumpe la esperanza.

 

Alcanzo a escribir temores

escondidos tras la puerta;

saben mi partida, veta de ansiedades;

nudo silente de pecados,

lujuria escanciando el vino de mi garganta,

universo que hierve de tormentos

y decora la sublime escena:

indolencia infernal,

fiesta de mi último cortejo.

 

III

 

Fui barro rabioso desprendido de tierra;

riego incompleto,

fecundó el delirio

que me hace humana;

último aire jadeante

me recrea mis demonios;

maestros exiliados

del invernadero de Dios;

visiones pálidas,

rasgos callados

que observan su fuga

y arrastran a mi lado reptiles hambrientos,

ojos de crepúsculo,

confundida ruta,

mente penetrante...

 

Lánguida, intento defenderme,
velo su mirada;

ahora mis ojos son diluvio,

culto oficiado por ángeles viriles

que se acuestan con mortales,

se cuelgan de ánimas,

cántico placer que impide a Dios castigarlos;

lenta entro en su recinto

compañera de miradas fascinantes,

final de su comienzo.

 

Puerta condena engargolada

caigo hasta el fondo            

de la mano de seres

que nunca partieron desde mi llegada.

 

 

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUêS

                         Tradução de Antonio Miranda

 

SALDO DE VENTO

I

Vai minha sorte rogando à morte
um momento a sós,
tear de tempo,
névoa
para a frase sem rigor que chora vida.

Senhor, onde errei?
Saldo de vento
fezes, recriar um reino longe do céu;
vermes enchem minha boca
de palavras mudas;
chego ao vale silencioso
onde canto os mortos
que passam por mim.

Tingida de soberba
tento sitiar agonias
que se afogam lava de mentiras;
saem de meus olhos
enredam rezas,
náuseas de profetas a destempo,
agonizo.

II

Cai meu braço como tronco,
balsa herege deslizada sem custódia,
sentidos que dançam à deriva,
envoltura de corpo derretido,
enterrada angústia
fobia que agora esculpe minha tumba
e interrompe a esperança.

Consigo escrever temores
escondidos detrás da porta;
sabem de minha partida, veio de ansiedades;
nó silente de pecados,
luxúria acariciando o vinho de minha garganta,
universo que ferve de tormentos
e decora a sublima cena:
festa de meu último cortejo.

III

Fui barro desprendido de terra;
ergo incompleto,
fecundou o delírio
que me fez humana;
último ar marejante
que recria meus demônios,
mestres exilados
do invernadouro de Deus;
pálidas visões,
traços calados
que observam sua fuga
e arrastam junto a mim répteis famintos,
olhos de crepúsculo,
rota confusa,
mente penetrante...

Lânguida, tento defender-me,
velo sua mirada;
agora meus olhos são dilúvio,
culto oficiado por anjos viris
que deitam com os mortais;
dependuras de almas,
cântico prazer que impede Deus de castiga-los,
lenta entro em seu recinto
companheira de miradas fascinantes,
final de seu começo.

Porta condena engargulada
caio até o fundo
da mão dos seres
que nunca partiram desde minha chegada.

 

Página publicada em maio de 2012



 

 

 

 

 

 

 
 
 
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