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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


SANTA TERESA DE JESUS
(1515-1582)

 

Teresa D'Ávila ou Teresa de Jesus; (Gotarrendura, Ávila, 28 de março de 1515 - Alba de Tormes, 4 de outubro de 1582) Religiosa e escritora espanhola, famosa pela reforma que realizou no Carmelo e por suas obras místicas.

 

POESIA MÍSTICA - POESIA RELIGIOSA

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  /  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

GLOSA

 

Ya toda me entregué y di,

y de tal suerte he trocado,

que mi Amado es para mí

y yo soy para mi Amado.

 

Cuando el dulce Cazador

me tiró y dejó rendida,

en los brazos del amor

mi alma quedó caída,

y cobrando nueva vida

de tal manera he trocado,

que mi Amado es para mí

y yo soy para mi Amado.

 

Tiróme con una flecha

enarbolada de amor

y mi alma quedó hecha

una con su Criador;

ya yo no quiero otro amor,

pues a mi Dios me entregado,

que mi Amado es para mí

y yo soy para mi Amado.

 

 

VERSOS NACIDOS DEL FUEGO DEL

AMOR DE DIOS QUE EN SÍ TENÍA

 

Vivo sin vivir en mí,

y en tan alta vida espero,

que muero porque no muero.

 

 

GLOSA

 

Aquesta divina unión,

del amor con que yo vivo,

hace a Dios ser mi cautivo,

y libre mi corazón;

mas causa en mí tal pasión

ver a Dios mi prisionero,

que muero porque no muero.

 

¡Ay! ¡Qué larga es esta vida!

¡Qué duros estos destierros,

esta cárcel y estos hierros

en que el alma está metida!

Sólo esperar la salida

me causa dolor tan fiero,

que muero porque no muero.

 

¡Ay! ¡Qué vida tan amarga

do no se goza el Señor!

Y si es dulce el amor,

no lo es la esperanza larga;

quíteme Dios esta carga,

más pesada que el acero,

que muero porque no muero.

 

Sólo con la confianza

vivo de que he de morir;

porque muriendo, el vivir

me asegura mi esperanza:

muerte do el vivir se alcanza,

no te tarde que te espero,

que muero porque no muero.

 

Mira que el amor es fuerte;

vida, no seas molesta;

mira que sólo te resta,

para ganarte, perderte;

venga ya la dulce muerte,

venga el morir muy ligero,

que muero porque no muero.

 

Aquella vida de arriba

es la vida verdadera:

hasta que esta vida muera,

no se goza estando viva;

muerte, no seas esquiva;

vivo muriendo primero,

que muero porque no muero.

 

Vida, ¿qué puedo yo darle

a mi Dios que vive en mí,

si no es perderte a ti,

para mejor a El gozarle?

Quiero muriendo alcanzarle,

pues a El solo es al que quiero,

que muero porque no muero.

 

Estando ausente de ti,

¿qué vida puedo tener,

sino muerte padecer

la mayor que nunca vi?

Lástima tengo de mí,

por ser mi mal tan entero,

que muero porque no muero.

 

 


TEXTOS EM PORTUGUÊS

Traduções de Anderson Braga Horta

 

 

GLOSA

 

Já toda me dei, e, assim,

de tal sorte me hei mudado,

que o Amado é para mim

e eu sou para o meu Amado.

 

Quando o doce Caçador

me atirou, fiquei rendida,

por entre os braços do amor

minha alma quedou caída,

e cobrando nova vida

de tal maneira hei mudado

que o Amado é para mim

e eu sou para o meu Amado.

 

Com uma flecha que me deita,

enarvorada de amor,

a minha alma quedou feita

una com seu Criador;

já eu não quero outro amor,

a meu Deus me hei entregado,

que o Amado é para mim

e eu sou para o meu Amado.                               ABH

 

 

VERSOS NASCIDOS DO FOGO DO

AMOR DE DEUS QUE TINHA EM SI

 

Não vive em mim meu viver,

e em tão alta vida espero

que morro de não morrer.

 

 

GLOSA

 

Esta divina união

com o amor por quem eu vivo

faz de Deus o meu cativo

e livre meu coração;

mas causa em mim tal paixão

ver a Deus em meu poder

que morro de não morrer.

 

Ai! como é longa esta vida!

Que duros estes desterros,

este cárcere e estes ferros

em que a alma está metida!

Só esperar a saída

me causa tanto sofrer

que morro de não morrer.

 

Ai! Que vida tão amarga

se não se goza o Senhor!

E, se tão doce é o amor,

não o é a esperança larga;

tire-me Deus esta carga

tão dura de padecer,

que morro de não morrer.

 

Somente com a confiança

vivo de que hei de morrer;

porque, morrendo, o viver

assegura-me a esperança:

morte em que o viver se alcança,

bem cedo te quero ver,

que morro de não morrer.

 

Olha quanto o amor é forte;

vida, não sejas molesta;

vê que em te perderes resta

de te ganhares a sorte;

venha já a doce morte,

venha-me a morte a correr,

que morro de não morrer.

 

Essa que no alto deriva

é a vida verdadeira:

té que torne a vida à poeira,

não se goza estando viva;

morte, não sejas esquiva;

morrendo estou em viver,

que morro de não morrer.

 

Vida, como obsequiá-lo,

a meu Deus, que vive em mi,

senão perdendo-te a ti,

por melhor poder gozá-lo?

Quero morrendo alcançá-lo,

pois só Ele é o meu querer,

que morro de não morrer.

 

Estando ausente de ti,

que vida pudera ter,

senão morte padecer

a maior que jamais vi?

Lástima tenho de mi,

por tamanho mal sofrer,

que morro de não morrer.                                  

 

 

 

Extraídos de POETAS DO SÉCULO DE OURO ESPAÑOL: POETAS DEL SIGLO DE ORO ESPAÑOL / Seleção e tradução de Anderson Braga Horta; Fernando Mendes Vianna e José Jeronymo Rivera; estudo introdutório de Manuel Morillo Caballero.  Brasília: Thesaurus; Consejería de Educación y Ciência de la Embajada de España, 2000.  343 p.  (Coleção Orellana – Colección Orellana; 12) ISBN 85-7062-250-7

 

 

 

Extraído de

 

POESIA SEMPRE. Número  31 – Ano 15 / 2009.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura. 2009.  217 p.    ilus. col. Editor Marco Lucchesi.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Aspirações à vida eterna

 

 

            Vivo sem em mim viver.
         E tão alta vida espero,
         Que morro de não morrer.

        

         Já fora de mim vivi
         Desde que morro de amor;
         Porque vivo no Senhor.
         Que me escolheu para Si.
         O coração lhe rendi,
         E Nele quis escrever
         Que morro de não morrer.

 

         Essa divina prisão
         De amor, em que sempre vivo,
         Faz a Deus ser meu cativo,
         E livre meu coração;
         E causa em mim tal paixão
         Deus prisioneiro em mim ver,
         Que morro de não morrer.

 

 

Tradução de Adail Ubirajara Sobral, Maria Stela Gonçalves, Marcos Marciontlo e Madre Maria José de Jesus

 

 

 

Sobre aquelas palavras "Dilectus meus mihi”

Entreguei-me toda, e assim
 Os corações se hão trocado
Meu Amado é para mim,
E eu sou para meu Amado.

Quando o doce Caçador
Me atingiu com sua seta,
Nos meigos braços do Amor
Minh´alma aninhou-se quieta.
E a vida em outra, seleta,
Totalmente se há trocado:
Meu Amado é para mim,
 E eu sou para meu Amado.

Era aquela seta eleita
Ervada em suco de amor,
E a minha alma ficou feita
Uma com o seu Criador.
Já não quero eu outro amor,
Que a Deus me tenho entregado:
Meu Amado é para mim,
E eu sou para meu Amado

 

 

Tradução de ADAIL UBIRAJARA SOBRAL, MARIA STELA GONÇALVES, MARCOS MARCIONILO e MADRE MARIA JOSÉ DE JESUS



 

FRÓES, Heitor P.  Meus poemas dos Outros. Traduções e versões.  Bahia, 1952.  312 p.          Ex. bibl. Antonio Miranda

 

SONETO A CRISTO CRUCIFICADO

     Atribuído a Santa Teresa

 

No mse mueve, mi Dios, para quererte
El cielo que me tienes prometido;
Ni me mueve el infierno tan temido
Para dejar por eso de ofenderte.

Tú me mueves, Señor; muéveme el verte
Clavado en una cruz y escarnecido;
Muéveme el ver tu cuerpo tan herido;
Muéveme tus afrentas y tu muerte.

Muéveme, al fin, tu amor, y ens tal manera
Que, aunque no hubiera cielo, yo te amara,
Y, aunque no hubiera infierno, te temiera;

No me tienes que dar porque te quiera,
Pues, aunque lo que espero no esperaraa,
Lo mismo que te quiero te quisiera.

 

 SONETO A CRISTO CRUCIFICADO

           
Tradução de Heitor P. Fróes

Não me move, Deus meu, para querer-te
A esperança do Céu, que hás prometido;
Nem representa o Inferno, tão temido,
Razão para que eu deixe de ofender-te.

Moves-me tu, Senhor! Move-me o ver-te
Crucificado e o corpo tão ferido;
E as afrontas e a morte que hás sofrido
Inda me fazem mais estremecer-te.

Move-me o teu amor de tal maneira
Que não havendo céu... te idolatrara,
E mesmo sem o inferno te temera;

Por tanto amar-te, entanto, nada espero,
Pois se o que almejo acaso não lograra...
Não te quisera menos que te quero!

 

[ POEMA ERÓTICO: ] 
 

Que mandais, pois, bom Senhor,
que faça tão vil criado?
Qual oficio haveis Vós dado
a este escravo pecador?
Eis-me aqui, meu doce amor;
amor doce, estou aqui:
Que mandais fazer de mi:
Eis aqui meu coração,
eu ponho-o na vossa palma:
minha vida, corpo e alma,
e entranhas e afeição,
Doce Esposo e Redenção,
se por vossa me ofereci:
Que mandais fazer de mi?

 

                                 Santa Teresa de Ávila (1515-1582)

*        

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Página publicada em fevereiro de 2024.

 

*

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Página ampliada e republicada em junho de 2022

 

 

 

 

 
 
 
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