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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESÍA ESPAÑOLA -  POESIA ESPANHOLA

Coordinación / Coordenacão de AURORA CUEVAS CERVERÓ

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MARÍA ELOY–GARCÍA

 

 

Poeta española. Nació en Málaga, España en 1972. Licenciada en Geografía e Historia. Ha publicado poemas en algunas plaquettes (cuadernillo número 13 de la serie Hojas de Poe, Málaga,1996 y Diseños experimentales, número 2 de la colección Monosabio, Málaga, 1997) y en las revistas La Corná, Sonus 13 y Litoral. Ha sido incluida en las antologías Feroces, DVD, Barcelona 1998 y Frasco de anfetas, Córdoba, 1998. Obtuvo el primer premio de poesía Ateneo-Universidad de Málaga en 1998 y el premio Carmen Conde 2001 de la Editorial Torremozas de Madrid, además de algunas menciones honoríficas en otros concursos poéticos.

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

EL POETA COMO TIPO DE INTERÉS

              

el poeta no es un descendido

sino un tipo que asciende/

ni un libertador de patrias de aquí mismo

sino uno que se libra de la patria de sí mismo aquí/

el poeta se consume

y sus cantos son la oferta

de un dolor que es la demanda/

el poeta es una moda delirante y en alza

que pierde románticamente sus puntos

en el bosque de los precios al consumo

y es justo aquí y entonces

                                                            que pierde el interés

 

(De: Metafísica del trapo)

 

 

SINVERBO

              

no/ tampoco y sin duda/

sí/ no obstante/

y por eso / quién o cómo /

sobre qué / o bajo cuántos /

pocos libres altos bosques /

bastante / nuestros primeros finitos

y qué pronto tarde /

su íntima respuesta /

y según / al fin / y después de todo /

por encima únicamente sus largos brazos

 

 

(De: Metafísica del trapo)

 

 

INFORMÁTICA

 

Como metida en una cinta y tambor magnético,

proceso mi vida en un disco rígido y acorazado

y admirando esos ojos avanzados en software

te pienso.

En un almacén de datos y cálculos

automáticos y electromecánicos

mi amor introducido en válvulas de vacío.

Me extraño todavía

de este lenguaje de programación,

de esta transferencia de datos,

de este salto, amor de microcomputadores y símbolos.

Quiero con 32 megas de memoria

y ni mi inteligencia artificial, ni mis circuitos integrados

pudieron con tu sistema operativo

y saliéndome del esquema

te mandé a la mierda. 

 

 

BOTÁNICA

 

Tengo una preocupación de Bergenia Crassifolia

en un día desértico,

en noviembre exploto a pleno sol

mis largas hojas planas glaucas de Amaryllis Longifolia

de Clivia Miniata, de Aloe.

Vengo importada de días de cultivo,

de invernaderos, de jardines rocosos orientales;

soy en grupos aislados una Celosia Plumosa

estoy vestida de Lunarias de semisombra,

tirada en cualquier parte en función de Laureola.

Soy el desastre de la flor,

donde germina el fin de lo putrefacto,

donde se destrozan anteras,

donde la función de la clorofila se disuelve en gris,

donde la semilla no se termina de abrir nunca,

donde jamás llega la voz del jardinero,

donde ni silvestre se levantará una sola hoja del suelo.

Soy el lado que no miran nunca los turistas,

Lo que jamás se prohíbe pisar

lo que nunca dolería si se arrancara.

Soy lo grotesco de un par de cardos

y el veneno último de cualquier amapola.

 

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TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda

 

 

O POETA COMO TIPO DE INTERESSE

              

o poeta não é um descido

senão um tipo que ascende/

nem um libertador de pátrias do aqui mesmo

senão alguém que se livra da pátria de si mesmo aqui/

o poeta se consome

e seus cantos são a oferta

de uma dor que é a demanda/

o poeta é uma moda delirante e em ascensão

que perde romanticamente seus pontos

no bosque dos preços de consumo

e é justamente aqui aqui e então

                                               que perde o interesse

 

 

(De: Metafísica del trapo)

 

 

SINVERBO

              

no/ tampoco y sin duda/

sí/ no obstante/

y por eso / quién o cómo /

sobre qué / o bajo cuántos /

pocos libres altos bosques /

bastante / nuestros primeros finitos

y qué pronto tarde /

su íntima respuesta /

y según / al fin / y después de todo /

por encima únicamente sus largos brazos

 

 

(De: Metafísica del trapo)

 

 

SEM VERBO

 

não/ tampouco e sem dúvida/

sim / não obstante/

e por isso / quem ou como? /

sobre o quê? / ou sob quantos? /

pouco livres altos bosques /

bastante / nossos primeiros finitos

e que logo tarde /

sua íntima resposta /

e segundo / afinal / e depois de tudo /

por encima unicamente seus longos braços

 

 

(De: Metafísica del trapo)

 

 

INFORMÁTICA

 

Assim metida numa banda e também magnético,

processo minha via num disco rígido e encouraçado

e admirando esses olhos avançados em software

te concebo.

Em um banco de dados e cálculos

Automáticos e eletromagnéticos

meu amor conectado em válvulas de vazio.

No entanto, me desconecto

desta linguagem de programação,

desta transferência de dados,

deste salto, amor, de microcomputadores e símbolos.

Quero com 32 megas de memória

e nem minha inteligência artificial, nem meus circuitos integrados

puderam com teu sistema operacional

e saindo do esquema

te mandei à merda.

 

 

BOTÂNICA

 

Tenha uma fixação de Bergenia Crassifolia

em um dia desértico,

em novembro exploro a pleno sol

minhas folhas longas glaucas e Amarayllis Longifolia

de Clivia Miniata, de Aloé.

Venho importada de dias de cultivo,

de estufas, de jardins rochosos orientais;

sou em grupos isolados uma Celosia Plumosa

estou vestida de Lunaria de meia-sombra,

jogada em qualquer lugar em função da Laureola.

Sou o desastre da flor,

onde germina o fim do putrefato,

onde as anteras se destroçam,

onde a função da clorofila se dissolve em gris,

onde a semente não se abre jamais,

onde nunca chega a voz do jardineiro,

onde nem silvestre se levantará uma única folha do solo.

Sou o lado que nunca miram os turistas,

O que jamais se proíbe pisar

O que nunca doeria se fosse arrancada.

Sou o grotesco de um par de cardos

e o veneno final de qualquer amapola.

 

 

Página publicada em dezembro de 2007




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