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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA ESPANHOLA
Coordinación de AURORA CUEVAS CERVERÓ
Unversidad Complutense de Madrid

 

 

 

JESÚS AGUADO

 

 

Poeta, traductor y antólogo español nacido en Madrid en 1961.

Aunque vivió desde los dos años en Sevilla, después pasó a Benarés, India, más tarde a Málaga y Madrid, y en la actualidad reside en Barcelona.

Su obra está contenida en las siguientes publicacionesPrimeros poemas del naufragio en 1984, Mi enemigo en 1987, Semillas para un cuerpo en 1988, Los amores imposibles, ganadora del Premio Hiperión en 1990, Libro de homenajes en 1993, El placer de las metamorfosis (Antología 1984-1993) en 1996, El fugitivo en 1998, Piezas para un puzzle en 1999, Los poemas de Vikram Babu en 2000, La gorda y otros poemas en 2001, Lo que dices de mí en 2002, "Heridas" en 2004, La astucia del vacío en 2005 y Verbos (2009).

Fonte da biografía y foto: https://es.wikipedia.org/

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA

 

 

        Hormigas en el cielo, III

 

 

        Aristóteles, musculoso y sediento de sangre,
un espartano del pensamiento,
le pasa entre las piernas,
sin él reparar en ello,
una hormiga
que es, realidad,
el alma sobre la que estaba indagando
con metafísica y belicosa concentración.

El alma y el origen del arte
(la palabra, el tejido),

el hormiguero sucesivo de obras que,
el desparramarse por el mundo,
lo crean rescatándolo del caos y la indigencia.

Industriosidad del alma, que se multiplica
(miles de millones de hormigas)
para seguir siendo una
(el hormiguero es un cérebro puesto a la vista,
como ahora afirman, o al revés, los neurólogos,
que han descubierto que
las neuronas organizan sus funciones como las hormigas sus
tareas).

 

               

       Formigas no céu, III

 

        Aristóteles, musculoso e sedento de sangue,
um espartano do pensamento,
passa por entre suas as piernas,
sem que ele perceba,
uma formiga
que é, na realidade,
a alma sobre a que estava indagando
com metafísica e belicosa concentração.

A alma e a origem da arte
(a palavra, o tecido),

o formigueiro sucessivo de obras que,
ao esparramar-se pelo mundo,
criam-no resgatando-o do caos e da indigência.

        Industriosidade da alma, que se multiplica
(milhares de milhões de formigas)
para seguir sendo uma
(o formigueiro é um cérebro exposto à vista,
como agora afirmam, pelo contrário, os neurologistas,
que descobriram que
os neurônios organizam suas funções como as formigas
as suas tarefas).

 

 ***

       

 

 

[Todo lo que decimos inaugura distancia...]

        Todo lo que decimos inaugura,  /  estrutura de modo
distinto lo que somos / y nuestra relación con lo que
existe, /  cambia de decorado y   cambia de guión, /
modifica el sentido de las leyes  /  y nos hace assumir
actitudes y fines / que antes ni siquiera imaginábamos.

         Por eso las palabras nos escriben, / es decir, nos tor-
nean, nos labran nos dibujan. / Para ser más exactos:
las palabras, / lejos de ser passivos instrumentos /  en
nuestras manos, son gigantas poderosas / (desde aqui
puedo ver el grosor de sus músculos,
/ sus ojos inyectados, la determinación / que
demuestran sus gestos) que nos usan / como materia prima para
hacerse sus casas.

         Las palabras nos hablan, las palabras / habitan. Por
eso decir lo que nos dice (o hablar lo que nos habla,
callar lo que nos calla, / escribir lo que escribe nuestra
vida) / es más que un acto de aceptación de la
existencia; es / poner una semilla en la palabra
/para que diga lo que somos; es / seducir la palabra
y penetrarla / para que nos alumbre y  nos lleve a su casa:
/y nos lleva a su casa que es la nuestra.

Frente a todos aquellos / que están donde no están y no están
donde están, / frente a todos aquellos que al vivir / en una casa
ajena en realidad / habitan una cárcel, /la poesía y el amor nos
hacen libres para elegir una casa y un mundo / y nos dejan
abiertos para ser elegidos / por la casa y el mundo que
elegimos.

Y cuando afirmo “todo lo que décimos” quiero / decir lo que de-
cimos con sentido: / aquello que se dice por médio de nosotros  
/ (la poesía y el amor, la luz / y los bosques y el mar, la nada y
el olvido...) / aquello que bautiza las medidas del mundo / (redi-
seña la planta de la casa), / aquello que le da al mundo otra
apariencia / sin por ello impedir qu siga intacto, / aquello, en fin,
que afirma lo que es / en vez de destrozarlo, / de pasar a su
lado con los ojos borrándose.

 

 

         [Tudo o que dissemos inaugura distância...]

 

        Tudo o que dissemos inaugura,  /  estrutura de modo
distinto o que somos /e nossa relação com o que
existe , /  muda de decorado e   muda  de roteiro, /
modifica o sentido das leis  /  e nos leva a  assumir
atitudes y fins / que antes nem sequer imaginávamos.

         Por isso as palavras nos escrevem, / ou seja  , nos tor-
neiam, nos lavram nos desenham. / Para sermos mais exatos:
as palavras, / longe de serem passivos instrumentos /  em
nossas mãos, são gigantes poderosas / (desde aqui
posso ver o grossura de seus músculos,
/ seus olhos injetados, a determinação / que
seus gestos demonstram) que nos usam / como matéria prima para
fazer suas casas.

          As palavras nos falam, as palavras / habitam. Por
isso dizer o que nos diz (ou falar o que nos fala,
calar o que nos cala, / escrever o que escreve nossa
vida) / é mais que um ato de aceitação da
existência; é / colocar uma semente na palavra
/para que diga o que somos; é / seduzir a palavra
e penetrá-la / para que nos ilumine e  nos leve à sua casa:
/e nos leva à sua casa que é a nossa.

         Diante de todos aqueles / que estão onde não estão e não estão
onde estão, / diante de todos aqueles que ao viverem / numa casa
alheia em realidade / habitam um cárcere, / a poesia e o amor nos
tornam livres para eleger uma casa e um mundo / y nos deixam
abertos para sermos escolhidos / pela casa e o mundo que
escolhemos.

E quando afirmo “todo lo que dizemos” quero / dizer o que di-
zemos com sentido: / aquilo que se disse por nosso meios
/ (a poesia e o amor, a luz / e os bosques e o mar, o nada e
o esquecimento...) / aquilo que batiza as medidas do mundo / (rede-
senha a planta da casa), / aquilo que lhe dá ao mundo outra
aparência / sem com isso impedir que siga intacto, / aquilo, afinal,
que afirma o que é / em vez de destruí-lo, / de passar ao seu
lado com os olhos apagando-se.

 

 

Página publicada em abril de 2020


 


 

 

 
 
 
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