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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://www.elcomercio.com/

 

 

 

CRISTÓBAL ZAPATA

 

Nació em Cuenca, Ecuador, em 1968. Escritor y crítico.
Ha publicado los libros de poesía Corona de cuerpos (1992), Te perderá la carne (1999), Baja noche (2000), No hay naves para Lesbos (2004), Jardín de arena (2009) y La miel de la higuera (2012).

 

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL  -  TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

 

PAÍS IMAGINÁRIO. ESCRITURAS Y TRANSTEXTOS – POESIA EN AMÉRICA LATINA 1960-1979.  Selección y notas: Mario Arteca, Benito del Pliego, Maurizio Medo. Edición Maurizio Medo.  Madrid: Bolombolo, 2014.  631 p. (Colección Once)   ISBN 978-84-1614902-5  Inclui apenas dois poetas brasileiros: Virna Teixeira e Delmo Montenegro.  Ex. bibl. Antonio Miranda


 

 

 PÓRTICO

una mano se abre sobre la crispación del vientre,
otra mano se cierra sobre el sexo
hasta que la boca mussite la primera vocal,
la que inicia el gozo.
 

 

 

A MENINA NO LODAÇAL

Desprevenida, con su falda corta
       andar a la niña sobre el charco.
Ignora que el agua es un azogue
donde se refleja su calzón blanco.

Descubriendo su secreto más tierno
en ese turbio sespejo de agua
solo quiero volver a encontrar su imagen
entre las ondas que deja su paso.
Pero es tan repentino y fugaz el mesterio
más súbisto y veloz que el deseo o el aire.
Cuando torno a abrir los párpados
sobre el opaco cristal ya no hay nada.
Apenas consigo con mis dedos
acariciar la suave ondulación del agua.

 



 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

Tradução de ANTONIO MIRANDA


 

PÓRTICO

a mão se abre sobre os espasmos do ventre
outra mão se fecha sobre o sexo
até que a boca recite a primeira vogal,
a que inicie o gozo.

 

 

      
A MENINA NO LODAÇAL

Desprevenida, com a saia curta
veio andar a menina sobre o lodaçal.
Ignora que a água é um azougue
onde se reflete seu calção branco.

Descoberto seu segredo mais delicado
nesse espelho embaçado de água
apenas quero voltar a encontrar sua imagem
entre as ondas que deixa quando passa.
Mas é tão repentino e fugaz o mistério
mais súbito se veloz que o desejo ou o ar.
Quando volto a abrir as pestanas
sobre o opaco cristal já não tem nada.
Apenas consigo com os meus dedos
acariciar a suave ondulação da água.

 

 

 

Página publicada em julho de 2020

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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