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POESÍA ECUATORIANA CONTEMPORÁNEA / EQUATORIANA

Selección de Edwin Madrid

En colaboración con GABRIEL IMPAGLIONE - revistaislanegra@yahoo.es

 


 

ALEYDA QUEVEDO ROJAS

(1972)

 

 

Quiteña, periodista y poeta. Dice: La poesía que amo es pasión y conocimiento, es aquella que logra hilar visiones y presagios como lo intuyó Hölderlin. Ha publicado los libros de poesía: Cambio en los climas del corazón. Quito, 1989; La actitud del fuego. Lima, 1994; Algunas rosas verdes. Quito, 1996; Espacio vacío. Quito, 2001; Venezuela, 2006; Música oscura. Almería, 2004; Soy mi cuerpo. Quito, 2006.

 

 

TEXTOS EM ESPAÑOL   /   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

HAI-KAI DE LOS PÁJAROS

 

Cuidaré tus pájaros

pero me niego a hacer

el amor en la jaula. 

 

 

PASIÓN

 

Que empiece a llover

para saber

de todo aquello

que me enciende 

 

 

NATURALEZA

 

Y es de imaginar

que todo crece por dentro

como si una semilla volviera

a reventar en pleno desierto

y el sexo recuperara

su imagen de fruto luminoso 

 

 

LO JURO

 

Del modo que un pájaro

atrapa el olor del mundo

con la misma intensidad

el mundo está fuera de él

 

Del mismo modo estos poemas

tienen un olor a mundo

sin perder ninguno de mis sentidos.

 

====================================

 

 

QUEVEDO ROJAS, AleydaSoy mi cuerpo.  Quito: Libresa, 2006.  90 p.   13x20 cm.  ISBN  9978-49-149-X  

 

 

 

FIN DE MI SUERTE

 

Mi  útero reposa

en la bandeja de cirugía

 

Se vuelve ceniza

en los basureros hospitalarios

 

No tengo por qué mantener

compromiso con el misterio

 

No adivino más la suerte

 

He quemado el tarot.

 

 

PARA VOLVER A MÍ

 

Mi cuerpo pequeño

cruza limites helados

con la espalda encorvada

y um Blanco camisón

 

Primer aviso

a mi terrible vanidad.

 

 

UNA CERTEZA

 

Me deslizo

entre camas metálicas

y tanques de oxigeno

 

Estoy helada

Em

 

en el fondo marino de este hospício

 

Ya mis deudos aceptan que las cenizas

regresarán a las montañas

de donde salí

cuando las piedras se movieron

por la fe de mi padres.

 

 

MÚSICA OSCURA

 

Cuánto dolor tolera

la suma del cuerpo

 

Su perímetro helado

termina los deseos.

 

 

ARCANOS MAYORES

 

Lavo mis penas

pero no alcanzo el vacío supremo

 

El agua del cielo

baña los animales de la tierra

 

Mas no te hallo en ese rio infinito

de amores flotantes.

 

 

RITOS

 

Las altas temperaturas

no consumen nuestras misérias

tampoco abrazan a los sentimiento

 

El amor

es una inmensa llama enferma.

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda 

 

HAI-KAI DOS PÁSSAROS

 

Cuidarei dos pássaros

mas me nego a fazer

amor na gaiola 

 

 

PAIXÃO

 

Que comece a chover

para saber

de tudo aquilo

que me incendeia 

 

 

NATUREZA

 

E é de imaginar

que tudo cresce por dentro

como se uma semente voltasse

a abrir-se em pleno deserto

e o sexo recuperasse

sua imagem de fruto luminoso 

 

 

EU JURO

 

Do jeito que um pássaro

recolhe o odor do mundo

com a mesma intensidade

o mundo está fora dele

 

Do mesmo jeito estes poemas

têm o cheiro do mundo

sem perder nenhum dos meus sentidos.

 

=====================================

 

De

SOY MI CUERPO

Quito: Libresa, 2006

 

FIM DE MINHA SORTE 

         Meu útero repousa

na bandeja de cirurgia

 

Transforma-se em cinza

nos lixões hospitalares

 

Não tenho porque manter

compromisso com o mistério

 

Não adivinho mais a sorte

 

Já queimei o tarô.

 

 

PARA VOLTAR A MIM

 

Meu corpo pequeno

cruza limites gelados

com a espalda encurvada

e uma branca camisola

 

Primeiro aviso

a minha terrível vaidade.

 

 

UMA CERTEZA

 

Deslizo

entre camas metálicas

e tanques de oxigênio

 

Estou gelada

no fundo marinho deste hospício

 

Meus parentes já aceitam que as cinzas

regressem às montanhas

de onde saí

quando as pedras se moveram

pela fé de meus pais.

 

 

MÚSICA ESCURA

 

Quanta dor tolera

a soma do corpo

 

Seu perímetro gelado

encerra os desejos.

 

 

ARCANOS ANTIGOS

 

Lavo minha penas

mas não alcanço do vazio supremo

 

A água do céu

Banha os animais da terra

 

Mas não te acho nesse rio infinito

de amores flutuantes.

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2008, ampliada em junho de 2008.



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