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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FEDERICO DIAZ-GRANADOS

 

Federico Díaz Granados. Es un poeta, periodista, gestor cultural colombiano, subdirector de la revista Golpe de Dados, nacido en Bogotá, en 1974. Además, ha sido un reconocido antologista de las nuevas voces poéticas del país. Su poesía, reseñas y ensayos aparecen en varias revistas y publicaciones nacionales y del exterior. En sus textos refleja la experiencia vital y espiritual del mundo contemporáneo marcado por un lenguaje riguroso y sutil de tono muy personal.  Fuente: wikipedia

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

HOSPEDAJE DE PASO

 

Nunca he conocido a los inquilinos de mi vida.

no he sabido cuándo salen, cuándo entran,

en qué estación desconocida descansan sus miserias.

Las mujeres han salido de este cuerpo a portazos

quejándose de mi tristeza,

en algunas temporadas se han quejado de humedad

de mucho frío, de algún extraño moho en la alacena.

 

Se marchan siempre sin pagar los inquilinos de mi vida

y el patio queda nuevamente solo.

Mi corazón deja de ser una posada de hambrientos

que acoge a todos los pájaros que llegan del verano

y aguardan a que regreses por tus cosas

a este hotel de paso donde siempre es de noche.

 

 

JAZZ DEL SOLITARIO
       
       
La moneda cayó por el lado de la soledad
                           
ANDRÉS CALAMARO

 

         El día de la creación
        tendré semilla tuyas entre mis manos
        y te dispersaré en el fértil território de cielos abolidos
        o en la voz que persigue otras luces, otros fulgores.

        Busca entonces la dirección de la guerra
        no importa que tu ausência sea del tamaño del la muerte
        te buscaré al outro lado de la noche
        cuando regressemos de esta estación de adioses que
                                                                       es la vida.

 

 

        INUTILIDAD DEL OFICIO

         

         Cuando se há sacrificado para escribir estas líneas  
       
cuántos pesares y melancolias
        para assumir con dignidade la ruina y el abandono
        y sobrevivir a la tragedia.

        Y siempre habrá poesia
        pero volveremos a las mismas y repetidas palavras
        todos los temas están dichos
        y habrá que repetir en cada verso
        ritmos ya entonados, amores y muertes ya cantados.

        Cuánto sacrificio para escribir algunas palavras de basura
        cuántos sismos interiores.
        Para que no las lean, se burlen o no aplaudan en un recinto.    

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda

 

        HOSPEDAGEM DE PASSAGEM

         Nunca conheci os inquilinos de minha vida.
        Não soube quando saem, quando entram,
        em que estação desconhecida descansam suas misérias.
        As mulheres saíram deste corpo fechando a porta
                                                               violentamente
        queixando-se de minha tristeza,
        em algumas temporadas reclamaram da umidade
        de muito frio, de algum estranho mofo na despensa.

        Saem sempre sem pagar os inquilinos de minha vida
        e o pátio fica outra vez deserto.
        Meu coração deixa de ser a pousada de famintos
        que acolhe a todos os pássaros que chegam no verão
        e aguardam que regresses de tuas coisas
        a este hotel de passagem onde é sempre noite.

 

        JAZZ DO SOLITÁRIO

                        A moeda caiu do lado da solidão
                                     
ANDRÉS CALAMARO

         No dia da criação
        terei sementes tuas em minhas mãos
        e te semearei no fértil território de céus abolidos
        ou na voz que persegue outras luzes, outros fulgores,
        Busca então a direção da guerra
        não importa que tua ausência seja do tamanho da morte
        eu te buscarei do outro lado da noite
        quando regressemos desta estação de adeuses que é a vida.

 

        INUTILIDADE DO OFÍCIO

        Quanto foi sacrificado para escrever estas linhas
        quantos pesares e melancolias
        para assumir com dignidade a ruína e o abandono
        e sobreviver à tragédia.

        Mas sempre haverá poesia
        mas regressaremos às mesmas e repetidas palavras
        todos os temas já foram ditos
        e devemos repetir em cada verso
        ritmos já entonados, amores e mortes já cantados.

        Quanto sacrifício para escrever alguma palavras de lixo
        quantos tremores interiores.
        Para que não leiam, debochem ou não aplaudam no recinto.

 

Página publicada em outubro de 2017

       
       

 

 

 
 
 
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