| Retrato alegórico de Madre Francisca Josefa del Castillo.     SOR  FRANCISCA JOSEFA DEL CASTILLO Y GUEVARA
 (   Colômbia  )
   Francisca Josefa de la Concepción del Castillo y Guevara ( Tunja, Novo Reino de Granada , outubro de 1671 - Tunja  , 7 de agosto de 1742) chamada Doña Francisca Josefa de Castillo y Guevara ou  Madre Francisca Josefa de la Concepción, também conhecida como Francisca Josefa  del Castillo, Mãe do Castelo ou Madre Castillo, foi uma freira clarissa e  escritora mística de Nova Granada. (…)Aos 18 anos, depois de enfrentar oposição familiar, ingressou no Convento de  Santa Clara la Real , em Tunja; Passou dois anos como leigo e dois como noviço.  Em 24 de setembro de 1694, aos 23 anos, fez a profissão religiosa. [ 1 ] Por  esta altura, Francisca Josefa comprou a sua própria cela, que tinha uma galeria  que dava para a capela e, do outro lado, dava para um pomar com árvores de  fruto. Essa cela tornou-se agora um destino turístico para quem visita o  convento.
 Ver  biografia completa em: https://es-m-wikipedia-org.translate.goog/wiki/Francisca_Josefa_del_Castillo          TEXTO EN ESPAÑOL  -   TEXTO EM PORTUGUÊS   ANTOLOGIA  :  POESIA COLOMBIANA E HISPANOAMERICANA/  Compilador:  Jaime García Maffla; Ilustraciones Natividad Murillo.  Santafé de Bogotá: Panamericana, c 1997.    360 p.   ilus.  (Letras latinoamericanas)ISBN 978-958-30-0167-3     Ex. bibl.  Antonio Miranda
          Afecto  8
 Feliz el alma se abrasa
 del  Sacramento al ardor;
 para  que muriendo así
 reviva  a tan dulce sol.;
 
 Cante  la gloria si muere,
 pues  es tan dulce dolor
 descansa  en paz, en quien es
 centro  ya del corazón.
 
 Publique  su muerte al mundo
 el  silencio de su voz,
 para  que viva en olvido
 la  memoria que murió.
 
 Cerró  los ojos el alma
 a  los rayos de este sol,
 y  ya vive a mejor luz
 después  que desfalleció.
 
 Hacen  clamor los sentidos,
 sentidos  de su dolor,
 porque  ellos pierden la vida
 que  ella muriendo ganó.
 
 
 
 Afecto 45
 
 Deliquios del divino amor
 ( En el corazón de la criatura y en
 las agonías del huerto  )
 
 El habla delicada
 del  amante que estimo,
 miel  y leche destila
 entre  rosas y lirios.
 
 Su  meliflua palabra
 corta  como rocío,
 y  con ella florece
 el  corazón marchito.
 
 Tan  suave se introduce
 su  delicado silbo,
 que  duda el corazón
 si  es el corazón mismo.
 
 Tu  eficaz persuade
 que,  cual fuego encendido,
 derrite  como cera
 los  montes y los riscos.
 
 Tan  fuerte y tan sonoro
 en  su aliento divino,
 que  resucita muertos
 y  despierta dormidos.
 
 Tan  dulce y tan suave
 se  percibe al oído,
 que  alegra de los huesos
 aun  lo más escondido.
 
 Al  monte de la mirra
 he  de hacer ligeros pasos
 que  iguale al cervatillo.
 
 Mas,   ¡ay Dios! que mi amado
 al  huerto ha descendido,
 y  como árbol de mirra
 suda  el licor más primo.
 
 De  bálsamo es mi amado,
 apretado  racimo
 de  las viñas de Engradi:
 el  amor le ha cogido.
 
 De  su cabeza el pelo,
 aunque  ella es oro fino,
 difusamente  baja
 de  penas a un abismo.
 
 El  rigor de la noche
 le  da el color sombrío,
 y  gotas de su hielo
 le  llenan de rocío.
 
 ¿Quién  puede hacer ¡ay, cielo!
 temer  a mi querido,
 que  huye el aliento y queda
 en  un mortal deliquio?
 
 Rotas  las azucenas
 de  sus labios divinos,
 mirra  amarga destilan
 en  su color marchitos.;
 
 Huye  Aquilo; ven, Austro,
 sopla  en el huerto mío;
 las  eras de las flores
 den  su olor escogido.
 
 Sopla  más favorable,
 amado  vientecillo;
 den  su olor las aromas,
 las  rosas y los lirios.
 
 Mas   ¡ay! que si sus luces
 de  fuego y llamas hizo,
 hará  dejar su aliento
 el  corazón herido.
 
 
 TEXTO EM PORTUGUÊSTradução de ANTONIO  MIRANDA
   Afecto 8
 Feliz  a alma se abrasa
 do  Sacramento ao ardor;
 para  que morrendo assim
 reviva  a tão doce sol.;
 
 Cante  a glória se morre,
 pois  é tão doce a dor
 descansa
 paz, em quem já
 é centro do coração.
 
 Publique  sua morte para o mundo
 o  silêncio de sua voz,
 para  que viva no olvido
 a  memória que morreu.
 
 Fechou  os olhos a alma
 aos  raios deste sol,
 e  já vive a melhor luz
 depois  que desmaiou.
 
 Fazem  clamor os sentidos,
 sentidos  de sua dor,
 porque  eles perdem a vida
 que  ela morrendo ganhou.
 
 
 Afecto 45
 Contravenções  do amor divino
 
 ( No coração da  criatura e
 nas agonias da horta  )
 
 A  fala delicada
 do  amante que estimo,
 mel  e leite destila
 entre  rosas e lírios.
 
 Sua  meliflua palavra
 corta  como orvalho,
 e  com ela floresce
 o  coração murcho.
 
 Tão  suave introduz
 seu  delicado assovio,
 que  duvida do coração
 si  é mesmo o coração.
 
 Teu  eficaz persuade
 que,  como fogo aceso,
 derrete  como cera
 os  montes e os precipícios.
 
 Tão  forte e tão sonoro
 em  seu alento divino,
 que  ressuscita os mortos
 e  desperta os dormidos.
 
 Tão  doce e tão suave
 percebe-se o ouvido,
 que  alegra os ossos
 até  o mais escondido.
 
 Ao  monte de mirra
 hei  de fazer ligeiros passos
 que  iguale o filhote de cervo.
 
 Mas,  ai Deus! que meu amado
 ao  horto descido,
 e  como árvore de mirra
 sua  o licor primeiro.
 
 De  bálsamo é meu amado,
 apertado  monte
 de  vinhedos de Engradi:
 o  amor o elegeu.
 
 De  sua cabeça o pelo,
 embora  ela seja ouro fino,
 difusamente  desce
 de  penas a um abismo.
 
 O  rigor da noite
 dá-lhe  a cor sombria,
 e  gotas de seu gelo
 enchem-no  de orvalho.
 
 Quem  consegue fazer ai, céu!
 temer  o me querido,
 que  foge ao alento e fica
 em  um mortal crime?
 
 Rotas  as açucenas
 de  seus lábios divinos,
 mirra  amarga destilam
 em  sua cor fenecidos.;
 
 Foge  Aquilo; venha, Austro,
 sopra  no horto meu;
 as  eras das flores
 deem  seu odor escolhido.
 
 Sopra  mais favorável,
 amada  brisa;
 Ofereçam  seu dor os aromas,
 as  rosas e os lírios.
 
 Mas  ai! porque se suas luzes
 de  fogo e chamas fez,
 fará  deixar seu alento
 o  coração ferido.
 
 
   *
 VEJA  e   LEIA  outros poetas da COLÔMBIA em nosso Portal:
   http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/colombia/colombia.html    Página publicada em abril de 2023 
 |