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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

MARIA LÚCIA FELIX

 

Maria Lúcia Félix de Sousa Bufaiçal,  poeta, nasceu em Goiânia, Goiás, em 1950. menção honrosa Conc. da Universidade Federal de Goiás. Professora do Instituto de Ciências Humanas e Letras da Universidade Federal de Goiás, onde também fez Curso de Mestrado, na área de História. Pesquisadora, Ensaísta, Escritora. Memorialista, Intelectual, Conferencista. Pensadora, Ativista, Produtora Cultural. Literata, Cronista, Contista. Administradora, Educadora, Ficcionista. 

Obra poética: Rosa no Vento (1965), As Margens do Dia (2008).
 

TEXTOS EM PORTUGUÊS  /  TEXTOS EN ESPAÑOL


DELÍRIO MARINHO

 

Sujo de barro as flores

                        que transplantei

e só um passo me espera

                        da loucura.

 

Mas é diverso o caminho.

 

Água marinha,

cintilância,

bússola,

lava minha alma dessa ânsia

limpa-me agora que a manhã

                        me pertence

e não sei o que fazer.

 

Esquece a dureza de pedra,

                        sê líquida,

                        bálsamo.

            Penúltimo consolo,

            água marinha.

 

Quero distância de sertões, anseio transbordar

                        em margens,

                        brisas,

                        vertigens.

 

Água marinha, eterna fonte de ancestrais

                        procuras

                        e rotas,

sê azul, verde, nível espuma, inunda-me.

 

Decifra o mapa que me conduzirá

                        lá longe

o porto me espera.

 

 

A TERRA

 

Imensa manhã molhada

passando tão rápida

na janela trem.

 

Abrigo de tanta magia

e vento

chão comprido de viagens.

Chuvas noturnas

limpando o verde

empoeirado

das bananeiras.

 

Goiás

humilde colcha de retalhos

para sempre guardado

um diamante.

 

 

A VOZ DAS COISAS

 

Eu tanto amo as primeiras paisagens

que vi na infância, que o infinito rumor

nem sempre vem à tona.

(A poesia mora entre as neblinas).

 

Quero falar dos rios que conheci há muito tempo,

e que rasgam meu olhar sem crueldade;

quero falar da procissão e do azul dos seus andores,

dos redemoinhos de terror e susto

espiralando em meu coração.

 

Quero falar das gentes, dos vizinhos da frente,

de trás, dos lados

de minha casa,

do verde cheiro de terra molhada,

de eternos limites que o vento criou

dentro de mim.

 

É ruidoso o sentimento,

poesia que ferve, machuca, queima

e nem sempre se mostra.

 

A minha terra, primeira morada dos sonhos,

antes me continha,

e hoje, tão forte eu a prendo na alma

que ela não escorre de mim.

 

 

POEMA DO FOGO

 

Fogo, você é tão bonito!

Você parece uma flor

que eu pego na mão.

Fogo, você é tão bonito,

por que você me queima?

será que é só

para me ver sofrer?

 

 

POESIA DA NOSSA VIDA

 

Nossa vida parece uma viagem.

É feito se a casa fosse andando

navegando num rio

e parasse cada dia num lugar.

 

 

A SOMBRA

 

Eu de olhos fechados

vejo minha sombra.

É minha a sombra que eu vejo

de olhos fechados

a sombra que flutua onde eu vou.

Minha sombra cresce muito

não é pequena como eu.

Como eu que sou tão pequena,

muito menor do que ela.

A sombra! Eu morrendo

para onde que ela irá?


 

TEXTOS EN ESPAÑOL

TRADUCCIÓN DE

ADOVALDO FERNANDES SAMPAIO

 

 

VAGO VIAJE

 

Es inútil desear la eternidad.

Éste es el momento, el místico desvío,

Y decira adiós es um rito fácil.

Nada vale buscar nuevas respuestas

si el postrer acto que nos queda

vivir por ese amor, por nuestro amor,

seguramente es sepultarlo entre sonrisas

para en saudade y encanto preservarlo.

Ves, hay cansancio y tedio em tus ojos,

Um descomedido deliquio em este encuentro,

y es mejor dejar vivir en mí,

el deseo que en gestos y palabras

quizás permenezca más allá de tu ausência.

 

 

LA TIERRA

 

Inmensa mañana mojada

pasando rápidamente

en la ventana del tren.

 

Abrigo de mucha magia

y viento,

suelo dilatado de viajes.

Lluvias nocturnas

limpiando el verde

empolvado

de los plátanos.

 

Goiás

humilde colcha de retazos

que todavia envuelve

um diamante.

 

 

Extraído de la obra

VOCES FEMENINAS DE LA POESÍA BRASILEÑA

Goiânia: Editora Oriente, s.d.

 

Página publicada em junho de 2008

 




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