Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BEATRIZ BRANDÃO

(1779-1868)

 

 

Beatriz Francisca de Assis Brandão nasceu na cidade de Vila Rica, então capital da província de Minas Gerais, atual Ouro Preto, a 29 de julho de 1779. Filha do sargento-mor Francisco Sanches Brandão e de Isabel Feliciana Narcisa de Seixas. Dedicou-se à poesia, à prosa e à tradução, assinando-se apenas com o prenome à guisa de pseudônimo, D. Beatriz, no período em que colaborava para a Marmota Fluminense.

Depois de publicar seus versos no Parnaso brasileiro, os reúne em volume sob o título de Cantos da mocidade, em 1856. A segunda obra publicada foi Carta de Leandro a Hero, e Carta de Hero a Leandro, também no Parnaso brasileiro. Em 28 abril de 1868, já bastante conhecida, mereceu um artigo, no Correio Mercantil, intitulado "Prima de Marília", onde se lê que "D. Beatriz era um ânimo varonil e uma inspirada poetisa."

D. Beatriz dedicou-se também ao ensino. Dirigiu em Vila Rica um educandário para meninas. E participou da nossa imprensa, tendo publicado no Guanabara e na Marmota Fluminense, de 1852 a 1857.

Faleceu no Rio de Janeiro a 5 de fevereiro de 1868.

É a patrona da cadeira n° 38 da Academia Mineira de Letras e pertenceu à Sociedade Promotora da Instituição Pública da Cidade de Ouro Preto.

Fonte da biografia: www.amulhernaliteratura.ufsc.br
 

TEXTOS EM PORTUGUÊS  /  TEXTOS EN ESPAÑOL

 

SONETO

 

Estas, que o meu Amor vos oferece,

Não tardas produções de fraco engenho,

Amadas Nacionais, sirvam de empenho

A talentos, que o vulgo desconhece.

 

Um exemplo talvez vos aparece

Em que brilheis nos traços, que desenho:

De excessivo louvor glória não tenho,

E se algum merecer de vós comece.

 

Raros dotes talvez vivem ocultos,

Que o receio de expor faz ignorados;

Sirvam de guia meus humildes cultos.

 

Mandei ao Pindo os vôos elevados,

E tantos sejam vossos versos cultos,
Que os meus nas trevas fiquem sepultados.

 

 

SONETO

 

Voa, suspiro meu, vai diligente,

Busca os Lares ditosos onde mora

O terno objeto, que minha alma adora,

Por quem tanta aflição meu peito sente.

 

Ao meu bem te avizinha docemente;

Não perturbes seu sono: nesta hora,

Em que a Amante fiel saudosa chora,

Durma talvez pacífico e contente.

 

Com os ares, que respira, te mistura;

Seu coração penetra; nele inspira

Sonhos de amor, imagens de ternura.

 

Apresenta-lhe a Amante, que delira;

Em seu cândido peito amor procura;

Vê se também por mim terno suspira. 

 

 

SONETO

 

Meu coração palpita acelerado,

Exulta de prazer, de amor delira,

Novo alento meu peito já respira,

É mil vezes feliz o meu cuidado.

 

O meu Tirce de mim vive lembrado,

Saudoso, como eu, por mim suspira;

Que seleto prazer a esta alma inspira

A amorosa expressão do bem amado!

 

Doce prenda dos meus ternos amores,

Amada, suavíssima escritura,

Que em meu peito desterras vãos temores;

 

Em ígneos caracteres na alma pura

Grava, Amor, com os farpões abrasadores

Estes doces penhores da ternura.

 

 

SONETO

 

Que tens, meu coração? Porque ansioso

Te sinto palpitar continuamente?

Ora te abrasas em desejo ardente,

Outra hora gelas triste e duvidoso?

 

Uma vez te abalanças valeroso

A suportar da ausência o mal veemente;

Mas logo esmorecido, descontente,

Abandonas o passo perigoso?

 

Meu terno coração, ela, resiste,

Não desmaies, não tremas; pode um dia

Inda o Fado mudar o tempo triste.

 

Suporta da saudade a tirania,

Que ainda verás feliz, como já viste,

Raiar a linda face da alegria.

 

 

 

 TEXTOS EN ESPAÑOL

TRADUCCIÓN DE

ADOVALDO FERNANDES SAMPAIO

 

¿QUÉ TIENES, CORAZÓN?

¿Qué tienes, corazón?
Que así te siento palpitar,
Sin alivio ni alegria
         Suspirar
         Tristemente?

¿Qué recelas, qué temes:
De tanto recelar,
Nace un delirio
         Que te hace suspirar
         Continuamente.

Tu bienamada es fiel
y por ti vive sin mudanza,
en el placer y en la amargura,
         Suspirando
         Tiernamente.

Tú dudas y vacilas,
No logras el sosiego;
Lejos del bienamado,
         suspirando
         Enloquecido.

¡Ai de mi! Em vano intento
Moderar tus transportes.
¡Desdichada! Em vano me fatigo,
         Suspirando
         Sin trégua.

Privado de tu dulce bien,
No puedes soportar
La leyes sin piedad,
         Suspirando
         De añoranza.

Sólo un poder injusto
Puede separar nuestras vidas;
Pero uno de outro ausente, nos verán
         Suspirar
         Mutuamente.

 

 

Extraído de la obra

VOCES FEMENINAS DE LA POESÍA BRASILEÑA

Goiânia: Editora Oriente, s.d.

 

Página republicada em junho de 2008

 



Voltar para o topo Voltar para Brasil Voltar para página de Minas Gerais

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar