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      HORTA,  Anderson Braga.  Tiempo  del hombre.  Selección elemental bilíngue español – portugués.   Lima: Mirabelina, Casa del Poeta Peruano,  2015.  128 p  15x21 cm   Tiraje: 250 ejemplares.  “  Anderson Braga Horta “ Ex. bibl. Antonio Miranda 
        
                FLECHA 
                Não é tristeza o que sinto. 
            E  embora esta ardência, embora 
            um  quase-pranto, não minto: 
            não,  a minha alma não chora. 
                O  que há é uma ânsia, um grito, 
            uma  emoção retesada, 
            em  cuja corda de nada 
            embaraço  para o infinito. 
        
                FLECHA 
                No es tristeza lo que siento. 
            Y  aunque no constriña ahora 
            un  casillanto, no miento: 
            no,  mi corazón no llora. 
                Lo  que hay es un ansia, un grito, 
            una  emoción retesada, 
            de  cuya cuerda de nada 
            me  arrojo hacia el infinito. 
                          (Traducción del autor, revisión 
                          linguística  por Trina Quiñones) 
                 
                O TEMPO 
                Soa a hora, sonora, 
            no  relógio do pêndulo. 
            Que  sabemos do tempo? 
                O  tempo não se deixa capturar. 
            E  pulsa, no escuro, 
            como  um grande pássaro. 
                Inútil  acender o dia. 
            Passa  (e não passa) o tempo. 
                                                   Mas 
            não  fluvial, nem nuvens: como 
                como  as correntes marinhas 
            no  mar imóvel, 
            flui  o tempo em si mesmo. 
        
                EL TIEMPO 
                Suena la hora, sonora, 
            en  el reloj de péndulo. 
            ¿Qué  sabemos del tempo? 
                El  tempo no se deja capturar. 
            Y  pulsa, en la oscuridad, 
            como  un gran pájaro. 
                Inútil  encender el día. 
            Pasa  (y no passa) el tempo. 
            Pero 
            no  fluvial, ni nubes: como 
                las  corrientes marinas 
            en  el mar inmóvil, 
            fluye  el tempo en sí mismo. 
                          (Traducción de Xosé Lois García) 
        
       
        
       
        Sonetos de Anderson Braga Horta 
        Traduções de José Antonio Pérez 
         
         
       
      SONETO ENTUSIÁSTICO 
      Estou junto de ti e logo me imagino 
        dentro, dentro de ti, como um rio em seu leito. 
        Ah! é um rio que estoura em cachoeira em meu peito 
        e te percorre até a foz! rio menino 
      que vai, que vou crescendo em ti, que vai crescendo 
  à medida que se abre o suave talvegue... 
        Seja este rio o sol que em teus mares se cegue 
        e a nave que navegue os teus flancos tremendo. 
      Estar em ti, ser tu, sendo eu mesmo em teus dentros, 
        devorando o calor dos fulvos epicentros 
        de teus sismos, bebendo os imos de teu ser!        
      Estou dentro de ti como um deus em seu templo! 
        Nunca ardi noutros céus como os céus que contemplo! 
        Nunca estive tão vivo - e me sinto morrer! 
         
         
        SONETO ENTUSIÁSTICO 
      Estoy junto contigo y me imagino 
        dentro, dentro de ti, río en su lecho. 
  ¡Ay, en cascada un río arde en mi pecho 
        y fluye por tu valle! Río fino 
      que va, que voy a ti, que va aumentando 
        a medida que se abre en suave vega... 
        Es este río sol que tu mar anega 
        y nave que tu mar surca temblando. 
      Estar en ti, ser tú y yo, adentro 
        devorando el calor de ese epicentro 
        de tu sísmico gozo de vivir. 
      ¡Estoy dentro de ti, dios en su templo! 
  ¡Nunca ardí como mientras te contemplo! 
  ¡Nunca estuve tan vivo por morir!       
      
       
        DO LIBERTO ESCRAVO / DO ESCRAVO LIBERTO 
             
        Não sei de modernismos nem vanguardas 
        se é o coração que me comanda a pena. 
        Como pode manter-se a mão serena 
        se veste o peito anseios e alabardas?        
      Sou como sou: molho na chuva o rosto, 
        embebo as mãos nas águas e na terra; 
        no éter primevo o meu ideal se aferra, 
        dos céus vindouros saboreio o mosto.        
      Valho-me da retórica dos velhos, 
        pois não! se sempre novos evangelhos 
        a eterna inspiração cria e recria.        
      Vem da velha medida a boa nova. 
        E escrevo o meu soneto e a minha trova 
        para meu gosto e minha fantasia.
   
        
       
       
      DEL LIBERTO ESCLAVO / DEL  ESCLAVO LIBERTO 
      No sé de modernismos ni vanguardias, 
        sé, sí, que el corazón rige mi pena. 
  ¿Cómo puede mi mano estar serena 
        si en mi pecho las ansias hacen guardias? 
      Soy como soy: de lluvias me encortino, 
        hundo las manos en el agua y tierra; 
        mi ideal al pasado éter se aferra, 
        de los cielos futuros bebo el vino. 
      Me sirvo de retóricas antiguas; 
        no, que nuevas imágenes contiguas 
        une, crea y recrea inspiración. 
      De metros viejos salen nuevos poemas. 
        Y escribo mis sonetos y mis temas 
        para mi gusto y mi imaginación.        
      
       
      PROVAÇÃO 
      O Céu, o Inferno, o Purgatório, o Limbo, 
        o Samsara, o Nirvana... Qual a sorte? 
        Qual a senha cifrada no carimbo 
        invisível do inviso passaporte? 
      A Geena terrível! o terrível 
        tornar do mundo às tentações estultas? 
        A deriva no Oceano Incognoscível? 
  Ó portas do existir, todas ocultas! 
      A alma, entre a perdição desesperada 
        e um eterno ascender gemendo um hino, 
        teme a dissolução que ainda lhe acena 
      a natureza, o absurdo, o horrendo Nada... 
        e pergunta-se em vão: Qual o destino? 
        -Se for menos que Deus, não vale a pena.
   
        
       
       
      PRUEBAS 
      ¡Infierno, Purgatorio, Limbo, Cielo, 
        Hades, Nirvana...! ¿Cuál es nuestro norte? 
  ¿Cuál la señal cifrada en ese sello 
        invisible de nuestro pasaporte? 
      ¡Oh, inhumana Gea! ¿La terrible 
        vuelta a las tentaciones tan estultas? 
  ¿La deriva en Océano incognoscible? 
  ¡Oh, puertas de existir, todas ocultas! 
      Alma, entre perdición desesperada 
        y la eterna ascensión gimiendo un himno, 
        teme la dispersión que le encadena 
      la natura, el absurdo, en fin, la Nada... 
        y se pregunta en vano: ¿qué destino? 
        -Si es menos que Dios, no vale la pena.
        
      
       
        PALINGÊNESE 
             
        Ah! que o melhor de mim 
        frutifique no vento, 
        como as nuvens e as searas 
      que no poema invento. 
      E quanto em mim houver 
        de borra e de excremento 
        em mim fique sepulto: 
        esgotado instrumento. 
      Sobreviva de mim 
        apenas o que é vivo: 
        luz no espaço irredento. 
      Mas redima-se o resto 
        -assim Deus o permita- 
        ao sopro de outro Invento.
   
        
       
       
      ETERNO RETORNO 
      ¡Ah, que lo mejor de mí 
        se fructifique en el viento, 
        como las nubes y campos 
        que en el poema me invento! 
      Y cuanto en mi ser hubiese 
        de basura y de excremento 
        conmigo quede enterrado, 
        cual agotado instrumento. 
      Sobreviva de mi ser 
        apenas lo que está vivo: 
        luz en espacio irredento. 
      Pero redímase el resto 
        -así Dios me lo permita- 
        con el soplo de otro Invento.
        
      
       
      SONETO RETRÓGRADO 
      Atento escuto as vozes do silêncio. 
        Na solidão do ser em que me esqueço, 
        Jeová veste o universo pelo avesso... 
        O brejo desafia o céu - e vence-o! 
      Quer a alma vestir-se como o lírio, 
        A mirar-se do azul no espelho ardente: 
        Quer o sonho ser já o que se pressente, 
        Flor de nada em sua haste de hidrargírio! 
      Oh! a rosa do espírito, almo duende, 
        Cujo interno esplendor no olhar assoma! 
        Pura essência infinita é o cárneo aroma 
      Da matéria que, esfeita, em glória ascende. 
        Nas asas de invisíveis albatrozes, 
        Atento escuto do silêncio as vozes...
   
        
       
       
      SONETO RETRÓGRADO 
      Atento oigo las voces del silencio. 
  ¡Oh, soledad del ser, con quien converso, 
        Jehová viste al revés el universo... 
        El cieno desafía al cielo y venzo. 
      Quiere el alma vestirse como lirio, 
        Para mirarse en el espejo ardiente: 
        Quiere el sueño ser ya lo que presiente, 
        Flor de nada en su asta de hidrargirio. 
      ¡Oh, rosa del espíritu, almo duende, 
        Cuyo esplendor en la mirada asoma! 
        Es esencia infinita el cárneo aroma 
      De la materia que a la gloria asciende. 
        En las alas de pájaros veloces, 
        Atento del silencio oigo las voces. 
   
   
        OBS - O tradutor José Antonio Pérez, espanhol, é escritor,  lingüista, e dirige a Collección Orellana, editada no Brasil pela Embaixada da  Espanha. Os sonetos traduzidos integram o livro Pulso (Barcarola, São Paulo,  2000). 
      
        
          
            TEXTOS EN ESPAÑOL  
                
              
              CAMINHOS DE INTEGRAÇÃO / CAMINOS DE INTEGRACIÓN.  PATHS OF INTEGRATION. Org. Sofía Vivo.  Brasília:  Thesaurus,  2008.    138 + 82 p. Inclui os poetas Antonio Roberval Miketen, Antonio Miranda,  Anderson Braga Horta, José Santiago Naud, Mabel Cháneton, Manila Cháneton,  Sofia Vivo  e  Trina Quiñones.             Ex. bibl. Antonio Miranda 
               
               
                MATEMOS  LA ROSA  
                          A Eliézer Demenezes 
                 
                La  gripe me aparta de mi familia. 
                  Casado — provisionalmente en el régimen de separados 
                                                                   de cuerpos                                 padre — provisionalmente frustrado, desterrado al otro 
                                                       extremo de la casa, 
              duermo en la sala, en cuarentena. 
                Pero no duermo: pienso en el porvenir de mis hijos. 
                No lo desearé de rosas. 
                No porque piense en las espinas 
  — el Hombre se forja en la lucha 
                y a veces las espinas valen más que las rosas. 
                Sino porque las rosas tienen hoy outra carga simbólica 
                y ya en nada diferen de los hongos. 
                Padres de todo el mundo, ¡cuidado! A nuestros hijos 
                no les demos a oler de estas rosas, 
                a comer de estos hongos. 
                Sé que mi súplica es patética, 
                sé que somos locos jugando en el jardin 
                y quizá yo mismos ayudara a plantar la rosa, 
                a darle al hongo sombra y humedad. 
                Pero mis hijos están llorando 
                y agarran la vida con ambas manos en el seno materno. 
                Quisiera darle la justicia que no hemos construído, 
                el amor que no hemos regado. 
             ¡Huyamos hacia los campos! 
                huyamos hacia los vastos abandonados terrenos 
                de no nacidas huertas y pomares y sembrados. 
                La rosa corre de mano en mano 
         —  ¿quién quiere la rosa? 
         — ¿quién no quiere la rosa? 
         — ¿quien le quita los pétalos? 
         — ¿quién le abona la tierra? 
    Huyamos a los campos 
    y olvidémosla, 
    entre nabos, repollos y pepinos, 
    olvidémosla, 
    bajo los pimentos y el trigo, 
    sepultémosla con su muerte. 
    Las papas y las cebolas manan poesía. 
                
              EL TIEMPO DEL HOMBRE 
                 
                Cuando llegue el tiempo  del Hombre 
                  Te cantaré lo senos róseos, 
                  Viajaré, lírico astronauta, 
                  A las estrellas de tus ojos. 
   
                  Cuando llegue el tiempo del Hombre 
   
                  En mis manos veintiún satélites 
                  Traeré, sonriendo, a nuestros hijos, 
                  La rosas en el vaso, tranquila 
   
                  Cuando llegue el tiempo del Hombre  
   
                  Sin los soles exhorbitantes, 
                  Alto, el Sueño hallará su órbita 
                  Y así, nos amaremos lúcidos 
   
                  Cuando llegue el tiempo del Hombre 
   
                  No de escasso amor conjugado 
                  Em futuro condicionado. 
                  Amor actual, lauta granada 
   
                  Cuando llegue el tiempo del Hombre 
   
                  Amor sin susto, amor unánime, 
                  Amor sin resíduo de estrôncio, 
                  Amor sin filamentos de odio 
   
                  Cuando llegue el tiempo del Hombre 
   
                  Puedan tenerlo pregrabado 
                  Loa blancos ojos de los hijos 
                  Si fueren Cenizas los nuestros 
   
                  Cuando llegue el tiempo del Hombre 
   
                  Como se adivinha el relâmpago 
                  Que ciegos-sordos lo presienten, 
                  Así — de pronto — lo sabremos 
   
                  Cuando llegue el tiempo del Hombre 
   
                  Pues, entonces, rútila Rosa 
                  En la mano del Pueblo abierta 
                  Nos dirá: ¡Llegó! ¡Llegó! ¡E venuto! 
  ¡Chegado é o tempo! 
                   Tempo de Hombre. 
   
                         I 
                 S         Ó 
              E   O R P    N 
                 C  
              Metálico,  magnético, mirífico, 
                concreción del misterio en geometrias: 
                escorpión. Equilibrio y descoyunto. 
                Animal de la tierra y de los astros fríos. 
   
                Cauteloso, quizá triste, avanza, lanza en ristre. 
                ¿Qué  hace en lo oscuro, lo húmedo, en el moho 
                  que contradice su perfil mecánico? 
                  Polo y desierto funde, hielo y cálculo. 
   
                  Tiene reservas de malicia el bicho, 
                  bajo camadas de silencio ocultas. 
                  Aun en reposo, agudo: espina a protegerse 
                  no vista flor de invisible peligro. 
   
                  Por esto él está siempre y siempre alerta, 
                  con dos dedos durmiendo en el gatillo. 
                  Y de repente, sin ninguna ofensa aparenta, 
                  sobrepásase en fúria vingativa. 
   
                  Duele en su corazõn no ser centauro, 
                  no se anfíbio, pez-y-pájaro, él 
                  que mira lo alto y, en vez de alzarse con dos alas, 
                  ocho patas lo prenden a la tierra. 
   
                  Por esto es tan concentrado su odio 
                  y le estorba los pasos más serenos. 
                  Y para no manchar el sueño de tanto odio 
                  en sí mesmo descarga su veneno. 
   
                  Ridículo animálculo romântico 
                  Y parnasiano, síntesis grotesca: 
                  sólida, fria construcción de enganches rígidos 
                  y formas libertándose dinâmicas; 
   
                  maligno duende, ángel desamparado 
                  de las potencias de tu guerra, aferras 
                  a la tierra tus posesivas garras, 
  ¡pero arriba la chispa metalúrgica. 
   
                  Torturado escorpión, ¡los astros sondas 
                  y en artefactos arrástraste maléfico! 
  Ínfimo en la áspera escarpa evolutiva 
                  marchas — ¡mas qué apoplético y perplejo! 
   
                  Bicho terrestre, animal metafísico, 
                  los pies en la prehistoria y un ojo en el futuro, 
                  vuelto el apéndicae interrogativo 
                  a la esfera de luces del zodíaco, 
   
                  animal sin presente, entre dos eternidades 
                  sofocando oscilante, pero lúcido, 
  ¡oh! ama este escorpión, ávido amante 
                  que trodavía no es Carne y suéñase Ángel. 
   
   
  VUELOS 
   
                  Las más diáfanas invenciones 
                  del Hombre, aquellas que se afinan 
                  al sol de la Vida y se tocan 
  — como la llama — arriba, en ala 
                  de belleza y rigor subiendo: 
                  mozarts, beethovens, bachs, vivaldis, 
                  capillas sixtinasss, victoria 
                  de samotracia, el duelo, el éxtasis, 
                  el poema, el teorema, y el alado 
                  amor de unas manos de llaga 
                  en piedra de sueño tallado, 
  — em promiscua, infinita oblata 
                  escalan los celestes vertigos, 
                  y soplo devuelto al Origen 
                  depónense a los pies de Diós. 
   
                  Y ala carne imperiosa y sus 
                  mil inalejables tributos, 
                  ala centrípeta que enlaza: 
                  la coherencia del ego, el mío, 
                  la rabia, el grito, el no, la bomba, 
                  hitlers, calígulas, cáines, 
                  artífices del odio que cae, 
  —visibles e invisibles amarras — 
                  prenden al barro lo que es barro. 
   
                  De equilíbrio entre barro y soplo 
                  se hace el vuelo. 
                          Apenas alzado 
                  el rastrero vuelo terrestre, 
                  el hombre mira más allá 
                  de la curva azul: que lo llama 
                  y ala tentativa del puro 
                  vuelo, el vuelo sin lastre. 
                                      Quien 
                  los hilos corta y alija el fardo. 
   
   
  FLECHA 
   
  No es tristeza lo que siento. 
                  Y aunque me constriña ahora 
                  um cuasillanto, no miento: 
                  no, mi corazón no llora. 
   
                  Lo que hay es un ansia, un grito, 
                  una emocíonm retesada, 
                  de cuya cuerda de nada 
                  me arrojo hacia el infinito. 
                
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            Página ampliada em maio de  2022 | 
           
        
       
       
       
       
    
      
   
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