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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Google

 

 

 

ROMINA FRESCHI

 

 

Romina Freschi nació en Buenos Aires en 1974. Publicó redondel (Siesta, Bs. As., 1998), Estremezcales (tsé-tsé, Bs. As., 2000), Petróleo (Eloísa, Bs. As., 2002), EL-Pe-yo (Paradiso, Bs. As., 2003), Solaris (pájarosló, Bs. As., 2007), Variaciones de órbita  (pájarosló, 2010; Proyecto Editorial Itinerante, Santiago de Chile/Bs. As., 2011), Quien siempre gana es Poseidón  (Tocadesata, Bs. As., 2011), Ejercicio Cósmico (Los Poetas del 5, Santiago de Chile, 2011), Marea de aceite de ballenas  (Ruinas circulares, Bs. As., 2012), Juntas (Alto Pogo, Bs. As., 2014) y Có(s)mico (Club Hem, La Plata, 2015. Algunos poemas suyos forman parte de la antología 53/70, Poesía argentina del siglo XX(ES, EMR y CCPE/AECID, Rosario, 2015). Entre 2004 y 2012 coeditó la revista de poesía y crítica  Plebella. Coordina talleres de literatura y escritura creativa.

Fonte da biografia: http://www.emr-rosario.gob.ar/

 

TEXTO EN ESPAÑOL  -  TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

PAÍS IMAGINÁRIO. ESCRITURAS Y TRANSTEXTOS – POESIA EN AMÉRICA LATINA 1960-1979.  Selección y notas: Mario Arteca, Benito del Pliego, Maurizio Medo. Edición Maurizio Medo.  Madrid: Bolombolo, 2014.  631 p. (Colección Once)   ISBN 978-84-1614902-5  Inclui apenas dois poetas brasileiros: Virna Teixeira e Delmo Montenegro.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

        ARTE POÉTICA

Receta para um apetitoso “Petit Poème” a la Perfección.

1 — Lleve su linguaje (o al menos un buen pedacillo) hasta um
punto de máxima formalidade y cortesia, señora.

1 — Tome un morter o, en su defecto, um picahielos (si es
posible con mango de incrustaciones en rubí y/o esmeraldas
y topacios) y con él estalle, de manera irregular, su linguaje
hasta que parezca un glaciar refractario o la antigua de algún
emperifollado rey.




CALDO

 

Este caldo es.
No hay otra cosas.
Este caldo
así, esta receta, este aroma, estas proporciones
algo picantes por momentos
—ése es el costo del calor
que se anida, egoísta,
en el pcho — y hace latir
a buen ritmo —
en popa —

Camino por la calle siempre iluminada
por el sol o las luces del mundo humano
— calesita venida a menos —
y en mi interior siempre estoy llorando
o peleando o extrañando a alguién
alejándome de este entorno
que consumo como todos a mi alrededor
aqui en la misma fiesta
alegres y rasposos como yo
asistiendo a las breves mejoras
o al vencimento inclaudicable
de todo, todo, sin remisión,
apenas contenido por
esta dura placenta
en la que cada cual da su pelea
y su mejor cara de niño
al juguete del mundo y su civilizada
alienación

En este caldo te veo
ahí morís mil veces
y algo empieza a nacer
se cria solo
como la alegría
no se cultiva
apenas lo pruebo, lo reconozco
claro, calórico, palpitante
papada suave y calurosa
donde escondo la cara
y que acaricio con devoción

        Ah qué plancton luminoso...
No hay tenaza que me apriete “eso”
solo esta humedad se produce
fábrica de viento y lagos
microscópicos halos
del hábito

Detrás de esta grasa
el pasado vive com vos, futuro
no hay futuro que lo pueda quebrar
hilo luminoso de oro
sos mi tesoro
persiste

 

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda

 

 

       ARTE POÉTICA

Receita para um apetitoso “Petit Poème” à Perfeição.

1. Leve sua linguagem (ou ao menos um bom pedaço)
até um ponto de máxima formalidade e cortesia, senhora.

2. Tome um morteiro, ou se faltar, um triturador de gelo
(se é possível um cabo com incrustações de rubi e/ou
esmeraldas e topázios) e com ele estrele, de forma
irregular, sua linguagem até que pareça um glacial
refractário ou a coroa de um algum enfeitado rei.



CALDO
      
Este caldo é.
Não tem outra cosa.
Este caldo
assim, esta receita, este aroma, estas proporções
um tanto picantes  por uns instante
— esse é o custo do calor
que se aninha, egoísta,
no peito — e faz vibrar
um bom ritmo —
em popa —

Caminho pela rua sempre iluminada
— carrossel precário —
e em meu interior sempre estou chorando
ou brigando ou estranhando alguém
afastando-me deste entorno
que consumo como todos em meu redor
aqui na mesma festa
alegres e ásperos como eu
assistindo as breves melhorias
ou ao vencimento não claudicável
de tudo, tudo, sem remissão,
apenas contido por
esta dura placenta
em que cada um peleja
e sua melhor cara de menino
ao brinquedo do mundo e sua civilizada
alienação

Neste caldo te vejo
aí morres mil vezes
e algo começa a nascer
se cria sozinho
como a alegria
não se cultiva
apenas eu provo, conheço-o
claro, calórico, palpitante
papeira suave e calorosa
onde escondo a cara
e que acaricio com devoção

Ah que plâncton luminoso...
Não há pinça que me aperte “esse”
somente esta umidade se produz
fábrica de vento e lagos
microscópios halos     
do hábito

Detrás dessa gordura
o passado vive contigo, futuro
não há futuro que o rompa
és o meu tesouro,
persiste

 

 

 

Página publicada em julho de 2020


 


 

 

 
 
 
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