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ORLANDO VALDEZ

 

Vive em Rosario, Argentina. Seu primeiro livro individual foi El Hondo Silencio de toda Locura (1ª.e 2ª. ed. 2001). Participou das antologias Los que siguen: veintiún poetas rosarinos (Ed. Los Lanzallamas, 2002. Col. Aletheia), Bilíngüe Mundo Poético

(Editorial Red Literária, 1999), Poemas del Sur  (Universidad Nacional de Rosario, 1999).  Página do autor: http://www.orlandovaldez.com.ar/ e-mail: apavao@siderar.com

 

TEXTO EN ESPAÑOL y/e TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda




I

 

instaura su olvido y

sostiene insurrecta

 

al badajo que estalla

al que dará las heridas

 

poeta a sabiendas en duelo

arremete  finales sofocados

 

ante el suceso de la muestra

y dentro ella escindida

 

de la dicha manifestada, provoca

I

 

instaura seu olvido e

sustenta insurrecta

 

ao badalo que estala

ao que dará as feridas

 

poeta a sabendas em luto

arremete  finais sufocados

 

ante o sucesso da amostra

e dentro ela cindida

 

do dito manifesto, provoca

 

 

II

 

prefiere el arrullo

y ninguna canción de cuna

 

entre tambores varona

centinela viejos calendarios

 

la convoco despierta

y sin sueño / lunas

 

de la vigilia /de los ajoes 

y del color, alimento

 

del insomnio la flor blanca

II

 

prefere o arrulho

e nenhuma canção de ninar

 

entre tambores mulher

centinela velhos calendários

 

eu a convoco acordada

e sem sono / luas

 

da vigília /dos alhos 

e da cor, alimento

 

da insônia a flor branca

 

 

 

III

 

la sangre  que anímala  es tuya

convertida en alimento

 

el único alimento derramada

y la cobardía feroz del silencio

 

tras los gritos para vencer

sólo vencer

 

esa vergüenza escondida

a plena luz del día

 

en la noche

la más oscura profunda y fría

III

 

o sangue  que a anima  é  teu

convertido em alimento

 

o único alimento derramado

e a covardia feroz do silêncio

 

após os gritos para vencer

só vencer

 

essa vergonha escondida

em plena luz do dia

 

na noite

a mais escura profunda e fria

 

 

 

IV

 

separo las sombras dentro

apenas del miedo una parte

 

del olvido la veneración

en el decurso del suceso

 

el vértigo del instante

una lágrima algo quizá insoluble

 

del extremo y del asombro

de un rostro de miles infinito

IV

 

separo as sombras dentro

apenas do medo uma parte

 

do olvido a veneração

no decurso do sucesso

 

a vertigem do instante

uma lágrima algo talvez insolúvel

 

do extremo e do assombro

de um rosto de milhares infinito

 

 

 

(I;II;III y IV), son poemas inéditos del libro La Cobardía Feroz del Silencio.

 

VALDEZ, Orlando.  El hondo silencio de toda locura.  2ª. edición.  Rosario: Los Lanzallamas, 2001.  60 p. (Colección Extramuros) 14,5x20,5 cm

 

 

A LA HORA DEL SILENCIO

 

otro

es el que viaja

a no ser por el polvo

que me quita la vida

o el sueño

con su intención pasible

donde sea que vaya

a la misma hora de la siesta

siempre tarde

 

a la hora del silencio

uno

y un delito imposible

 

 

À HORA DO SILÊNCIO

 

outro
é o que viaja
a não ser pelo pó
que me tira a vida
ou o sonho
com sua intenção passível
donde seja que vá
à mesma hora da sesta
sempre tarde

 

à hora do silêncio
único
e um delito impossível


Encontro de Antonio Miranda com Orlando Valdez em San Telmo, bairro tradicional de Buenos Aires,
em setembro de 2006. Foto Juvenildo Barboza Moreira.

                     

 

 

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