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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://escbras.webnode.com/

 

 

 

MARIA CRISTINA DRESE

 

 

Hija de brasileños, nacida en Argentina, radica en Argentina, pero con la mayoría de los familiares en Brasil.
Formada en el colegio religiosas. Maestra de piano y Ballet de música clásica.  Escribe desde pequeña pero ahora se ha dedicado por enterro a escribir poemas. Ha recibo
muchos prêmios por sus libros.

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

 

LETRAS DE BABEL 3 Antología multilíngüe.  Montevideo: aBrace editora, 2007.   200 p.  ISBN 978-9974-8014-6-2   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

Momento

Ya llegará el momento en que me iré
no estaré preparada,
cuando no hay nada que me detenga.
Me dolerán en la  boca las palabras caladas
y tal vez encuentre a los que ya partieron,
iré en busca de lo desconocido
aunque me dolerán en los ojos
las formas que aún no ví...

Ya llegará el momento que tendré el coraje
para no esperar el duro desenlace...
Me dolerá en los oídos
lo que no pude escuchar.
Me dolerá en el cuerpo
todo lo que no sentí.
No querré irme, pero partiré...

Ya llegará el momento, que no dudaré...
será a la hora del atardecer
no habrá invitados y tal vez sonría.
Sólo gritará mi alma en la noche
todo lo que no alcance a saber...
cuando llegue el momento.

 

 

 

 

Volver a nacer

 

No quiero ser sombra em la noche triste,
sino amaneceres de ruiseñores.
Ayeres de tempestades y largas penas
se van borrando en nuevas melodías.
Ya no me asustan las horas fantasmales,
no me castigan amargos sinsabores de la espera,
izo las velas y parto hacia otro rumbo.
Es la esperanza de volver a nacer.
Vertiginosamente vuelan tenebrosas vestiduras,
perece a cada instante el alma adormecida,
renazco tomando altura hacia el inmenso cielo.
Me ofreciste unas lunas temblorosas  de asombro,
colmaste de ilusión mis ansias de vida.
Y si de sueno no fuíste vertiente completa
me formaste perfecta en caminos del tiempo.
Porque me diste un mundo de soles ya maduros,
porque alumbraste allí donde moría,
porque llegaste a mí con aires del estío,
esperanzada ahora quiero volver a nacer...

 

 

 

 

Ayer – hoy

Suena una melodía de suaves acordes
trayendo a mi memoria, momentos vividos
cuando mis manos acariciaban un teclado
y un teatro colmado, aplaudia el final.

Sigo recordando, mis pies girando
al ritmo de los valses de El Cascanueces
o mis brazos cubiertos de plumas
aleteando al borde del Lago de los Cisnes.

El tiempo ha humedecido y endurecido
ese teclado de marfil amarillento
junto al vals de los Cuentos de Viena,
el telón aterciopelado se ha cerrado.

Hoy mis manos acarician papeles blancos
y camino sobre pentagramas de color
con el futuro incierto de ave herida
lleno el teatro de palabras sueltas...

 

      

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda

 

 

 

Momento

Já chegará o momento de ir-me
não estarei preparada,
quando não houver nada que me impeça.
Vão doer na boca aas palavras caladas
e talvez encontre os que já se foram.
Irei em busca do desconhecido
embora me doam nos olhos
as formas que ainda não vi...

Logo chegará o momento em que terei a coragem
para não esperar o duro desenlace...
Doerão nos ouvidos
o que não consegui escutar.
Doerá em meu corpo
tudo o que não senti.
Não vou querer ir-me, mas partirei...

Logo chegará o momento, em dúvida...
será na hora do entardecer
não haverá convidados e talvez sorria.
Apenas gritará minha alma na noite
tudo o que não cheguei a saber...
quando chegar o momento.

 

 

       

 

Voltar a nascer

 

Não quero ser uma sombra na noite triste,
mas alvoradas de beija-flores.
Ontens de tempestades e longas penas
vão-e apagando em novas melodias.
Já não me assustam as horas fantasmais,
não me castigam amargos dissabores da espera,
iço as velas e parto noutra direção.
É a esperança de voltar a nascer.
Vertiginosamente voam  tenebrosas vestimentas,
perece a cada instante a alma adormecida,
renasço ganhando altura até o céu imenso.
Tu me ofereceste umas luas tenebrosas  de assombro,
culminaste de ilusão minhas ânsias de vida.
E se de sonho não foste vertente completa
me formaste perfeita em caminhos do tempo.
Porque me diste um mundo de sóis já maduros,
porque iluminaste alí onde morria,
porque chegaste a mim com ares do estio,
com esperança agora quero voltar a nascer...

 

 

 

 

Ontem – hoje

Soa uma melodia de suaves acordes
trazendo à minha memória, momentos vividos
quando minhas mãos acariciavam un teclado
e um teatro lotado, aplaudia no final.

Sigo recordando, meus pies girando
ao ritmo de valsas de O Quebra-Nozes
em meus braços cobertos de plumas
esvoaçando à beira do Lago dos Cisnes.

O tempo umedecido e endurecido
esse teclado de marfim amarelado
junto à valsa dos Contos de Viena,
o telão aveludado foi encerrado.

Hoje minhas mãos acariciam papéis brancos
e caminho sobre pentagramas coloridos
com o futuro incerto de ave ferida
cheio o teatro de palavras soltas...

      

 

 

 

Página publicada em agosto de 2020


 

 

 
 
 
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