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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

CREMILDO SOUZA

 

 

Educação: Contabilidade - Universidade Estadual de Feira de Santana

 

 

EXTRAÍDOS DE
https://plus.google.com/113403875877218939510

  /blogue do poeta Cremildo Souza

 

O SER

 

Sejamos ríspidos,

o existir é ríspido e não temos escolha,

sejamos frios;

o olho de deus não nos olha; nos molda:

sejamos ríspidos

e ríspidos vivamos sem enganos.

 

 

 

ESTUDOS DE SETEMBRO Nº 3

 

todas as noites me retiro da vida

e em sono profundo

refaço a consciência:

todos os dias cometo crimes horrendos

e a impunidade anda à solta.

 

 

 

 

HERA 1972-2005.  Antonio Brasileiro et al.. organizadores.  Salvador, BA: Fundação Pedro Calmón; Feira de Santana, UFES Editora, 2010.  712 p.  fac-símile. ilus. (Memória da Literatura Baiana).  ISBN 978-SS85-99799-14-7  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

         ESTUDO

         Parco amor do meu peito, hás também
de dormir no escuro Hades,
hás de ser o voo calmo de uma ave
cega, hás de perder-te,
perder-te, em longas Grécias.

 

         CAPRICHO NO. 1

         meu peito,
fruto de amplos e dúbios
silêncios;
voz que morre, luz
que nada engloba de mim;
parvo pássaro negro
sem asas, que há de voar para além
dos meus enigmas.

 

SOBRE A COR E O SER

 

          p/lorge Luis Borges

 

Nunca saberei quem sou.

Por todas as esquinas os versos me espreitam

e nenhuma palavra é da minha cor.

Não estamos inocentes nem fantoches

e a lágrima amiga endurece-me o coração.

Por muitas mesas de bar minha alma vagou:

não fiz pacto com nenhum demónio...

 

Nunca saberei quem sou.

Mas todas as comparsarias estão desfeitas.

 

 

 

INTRA-RETRATO

 

Pária, divago bêbado nos sete mundos, setecentos
pecados.

Farto do ócio, do ácido escorrendo na consciência,
partilho com deuses e demónios meu ledo sofrimento.
Cá no íntimo inferno mágico e profano das palavras,
transcrevo versos azuis de carícia
e silencio confuso
e cego.

 

 

HERA – (REVISTA HERA )  Dezembro 1992. Diretor e Ilustração: Antonio Brasileiro.  Feira de     Santana, Bahia: Edições Cordel, 1992.  25 p.   ISSN 00101-1065                         Ex. bibl. Antonio Miranda

 

       POEMA No. 3

Em dias nublados
tranco-me no recinto das minhas dores
e como um louco
reescrevo o destino do homem.

       EXERCÍCIO DE OUTUBRO No. O1

Onde buscar meu diamante bruto?
nas mil infâncias distantes?
nos mil sonhos não sonhados?

Onde me resolver, onde estar hoje?
Navegando no Aqueronte
ou perdido no beco
do noturno país
da morte?

Onde meu diamante
sonho dorido
busca inatingível
vida inalcançável
onde nosso diamante?
na rua direita do prazer
ou sob sete invioláveis
séculos de silêncio?

Onde buscar meu diamante bruto
para lapidá-lo?


*

HERA no. 10 – Direção: Roberval Pereyr / Paio Soares.    Capa:
JurXI Dórea.    Feira de Santana – Bahia: Gráfica Gravatá, 1978.
88 p.                                     Ex. biblioteca de Antonio Miranda

 

                MOIRA

e lá se vai sísifo, de novo
como uma criança
que a cor vermelha do brinquedo
ludibria,
a levar por mais mil anos
a pedra montanha acima.


AD LIBERTUM

devoramos na última refeição
o único poeta da humanidade:
não mais seremos homens, animais
— não mais seremos.


 DEDICADO

para os homens comporei um poema falso
falso como esse espetáculo que vivemos,
para os deuses não comporei poemas
nem elegias,

        eles que se danem e nos deixem em paz.


ONIPOTÊNCIA

uma galáxia maluca
solta peidos universo afora.
os homens a chamam de louca,
e a galáxia onipotente,
desenha sem pressa a reta final
da humanidade.

*

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Página publicada em março de 2024.


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Página ampliada em novembro de 2022

 

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2018

 

 

 


 

 

 
 
 
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